Exposição "Lei da Cidade que Pinta" do Artista Eduardo Kobra
Edson Lima - Asssssor de imprensa e divulgação de O Autor Na Praça, nos envia esse interessante release:
"Segue release sobre a exposição "Lei da cidade que Pinta". Aproveitamos para fazer o convite e solcitamos apoio na divulgação através de inserção no sítio/portal e/ou boletim. Agradecemos e ficamos a disposição. Edson Lima - (11) 3746 6938 / 9586 5577.
Galeria Michelangelo apresenta a Exposição “Lei da Cidade que Pinta”
Do artista plástico e muralista Eduardo Kobra
Placas, outdoors, luminosos e outros materiais de comunicação visual retirados pelos fiscais e funcionários da Prefeitura ressurgem como suporte na exposição que o muralista Eduardo Kobra faz a partir de nove de outubro. Ele recicla e reutiliza os painéis para pintar obras dentro do tema “Muros da Memória”, em que resgata cenas e lugares da cidade de São Paulo.
A exposição “Lei da Cidade que Pinta”, que inaugura a galeria Michelangelo, no Empório Artístico, da Vila Madalena, fica no local até o dia 10 de novembro. Kobra exibe cerca de 15 trabalhos, em tamanhos e formas diversas. O nome da exposição é, naturalmente, uma referência à Lei da Cidade Limpa. “Agora é um momento em que se discutem os valores desta Lei - o que vale a pena e o que não vale. A minha exposição é, de certa forma, uma reflexão sobre isso”, afirma o artista.
Para a exposição, Kobra procurou painéis em ferros velhos e depósitos de sucata. “Como pela Lei da Cidade Limpa muitas empresas tiveram de retirar placas, outdoors e luminosos, tudo isso virou material para meus trabalhos”, conta Kobra: “Tomo emprestado desses suportes a força que têm como referência às recentes mudanças na realidade das ruas da Cidade”, acrescenta. Entre as obras, Kobra cita que está em pleno processo produtivo e que ainda não há nenhum trabalho concluído. “Dias atrás fui até o rio Tietê e fiz uma foto de um ângulo em que aparecem o rio, a cidade e o esgoto. Depois, fiz uma impressão em preto e branco e, como se fosse um outdoor fiz uma colagem em um dos painéis. Peguei uma foto antiga, em que as pessoas brincavam no rio e intervim nesse cenário. O trabalho está quase pronto e acredito que será um dos destaques da exposição”, diz. Mais que os temas, a força do trabalho de Kobra está no apuro técnico na reprodução de imagens e na liberdade com que utiliza cores em grandes formatos e diferentes escalas e superfícies.
Kobra, como muitos outros grafiteiros da Cidade, viu alguns de seus trabalhos apagados pela tinta ocre dos agentes da limpeza paulistana. “Ninguém discute que era preciso impor limites, mas é preciso manter espaço para a expressão nas ruas da cidade e honrar o título que São Paulo tem de Capital Mundial do Grafite, que é a mais pública das artes, à qual as pessoas têm acesso direto e gratuito. Este mês, vou ter meus trabalhos publicados no livro sobre Muralismo, editado na Grécia pela editora Carpediem, que contará com 169 artistas de todo o mundo. Ou seja: na Europa nossos trabalhos são vistos como cultura. Aqui não podem ser vistos como uma ameaça à beleza da Cidade. Por isso, proponho a reflexão e o debate”, diz. E acrescenta: “O ocre furou o muro”.
Muro das Memórias - Muros são, justamente, as “telas” principais do trabalho do artista. Ele é autor do projeto “Muro das Memórias”, que tem como principal objetivo transformar a paisagem urbana através da arte e resgatar a memória de São Paulo. É uma mistura de nostalgia e modernidade, por meio de imagens do início do século passado, em muros e espaços da cidade. Desde 2006 já foram entregues 18 murais e a idéia é fazer mais três até o final de 2008. Kobra desenvolve obras que misturam o traço do grafite - rico em sombra, luz e brilho – com traços do airbrush. O resultado são murais com a ilusão tridimensional que permite ao público interagir com a obra.
Entre os trabalhos feitos por Kobra em São Paulo, a primeira via presenteada foi justamente a mais importante da cidade: a Avenida Paulista, que ganhou no dia do aniversário da Paulicéia (25 de janeiro de 2006) um mural com a imagem da própria Paulista em 1920, do livro “Avenida Paulista - A síntese da Metrópole”, de Antonio Soukef Júnior e Eduardo Albarello. Segundo Kobra, “a idéia do mural, que reproduz um bonde na Paulista, foi estabelecer uma comparação entre o ar romântico e o clima de nostalgia da avenida naquela época com a constante agitação, característica de grandes centros, como é a Paulista atual”. A Avenida Sumaré também recebeu um mural: uma imagem que faz referência à foto de Guilherme Gaensly, do Arquivo Público do Estado de São Paulo, que retrata o Porto de Santos em 1920 (trabalho destacado no livro que será editado na Grécia, citado acima). Outro belo trabalho está instalado em um muro na Av. Hélio Pelegrino, 1.200, inspirado em uma na foto da rua Direita em 1905, do livro “Lembranças de São Paulo”, de João Gerodetti e Carlos Cornejo. A obra foi concluída em 2007. Destaque ainda para a obra que retrata a rua Rangel Pestana de 1900 e foi pintada dentro da loja Magma, que está localizada no número 1.249 da mesma via. A imagem mostra a fachada da própria loja no século passado. Em outro trabalho, entregue em 16 de agosto de 2007, por conta do aniversário de 447 anos do bairro de Pinheiros, o artista se inspirou em uma fotografia de Jurandir Goldschimidt, que retrata o Largo de Pinheiros em 1920, com seu Coreto e Bonde: um painel de 200m² no muro lateral da Igreja do Calvário, em Pinheiros. Destaque também para o mural na rua Belmiro Braga, na Vila Madalena, que retrata o bonde que circulava na região do Parque Antárctica. Kobra finalizou recentemente um mural em frente ao Instituto Tomie Otake, em Pinheiros, com a imagem do Viaduto Santa Efigênia, em 1913, inspirada em um cartão postal da época. Também recentemente pintou no escritório da UBB, no Edifício Andrauss, uma imagem do Viaduto do Chá e do Teatro Municipal, no início do século. Seu trabalho mais recente é o painel entregue na Avenida Morumbi (altura do número 6.700), de trinta metros de comprimento por cinco metros de altura, que traz uma cena da rua São Bento, no Centro da Cidade, na década de 20, construída através de pesquisas em diversos livros e álbuns de retrato. O artista pretende fazer mais três painéis até o fim do ano. Para isso, busca apoio de empresas para custear o material utilizado e assumir a parceria deste presente para São Paulo.
Perfil do artista - O paulistano Eduardo Kobra, 33 anos, começou seus primeiros trabalhos em 87, junto com a segunda geração do grafite, sob a influência do hip hop. Inquieto e curioso, logo aprimorou seus traços, desenvolvendo sua forma de expressão. Suas criações são ricas em detalhes, que mesclam realidade e um certo “transformismo” grafiteiro. “Procuro, no projeto ‘Muro das Memórias’ mostrar imagens históricas com uma leitura contemporânea”, afirma. Embora nunca tenha tido contato pessoal, um de seus principais mestres atuais é o norte-americano Eric Grohe, artista plástico que faz da sua arte um meio de transformação. São murais que confundem os olhos de quem observa, reduzindo a nada a diferença entre escultura e pintura. Os trabalhos de Kobra, muito executados antes mesmo do contato com a arte de Grohe, trazem características semelhantes.
Além do projeto “Muro das Memórias” e de vários outros grafites feitos em espaços da Cidade, Kobra já trabalhou para empresas como Playcenter, Beto Carrero World, Coca-Cola, Nestlé, Chevrolet, Ford, Roche, Jonnie Walker, Iodice e Carmim; e para as agências The Marketing Store, Diageo, Agnelo Pacheco, além de ter trabalhado com o arquiteto Sig Bergamin para a Lê Lis Blanc. Em alguns trabalhos conta com a parceria do arquiteto, urbanista e especialista em arte pública Márcio Rodrigues Luiz. Fundou em 95, o Studio Kobra, onde comanda uma equipe especializada em pintura de painéis artísticos.
Eduardo Kobra tem sido muito procurado para decorar artisticamente interiores de bares e restaurantes. Seus trabalhos podem ser vistos em seis estabelecimentos da cidade, como o sofisticado Trindade (onde, a convite do arquiteto Toninho Noronha, em 2007, mostrou, sob uma lona de caminhão de 96m2 uma cena do bairro Lisboeta, em Portugal. Em maio, foi convidado para pintar um mural de 10X4m no Bleecker, que traz uma cena do metrô de Nova York. Em julho de 2008, pintou no restaurante JK (5mX9m) uma cena do Centro de São Paulo, no início do século (Largo do Tesouro, 1910). Em agosto, terminou no empório Santamaría, na avenida Cidade Jardim, dois belos trabalhos: um no teto da área de presentes e o outro no restaurante japonês do local.
Kobra teve alguns trabalhos do projeto Muro das Memórias exibidos no programa Fantástico da TV Globo em setembro de 2007. Em agosto deste ano pintou um painel na abertura do 35º. Salão Internacional de Humor de Piracicaba, onde reproduziu imagens de charges e caricaturas premiadas em salões anteriores. Saiba mais sobre o artista: www.eduardokobra.zip.net
Serviço:
Exposição “Lei da Cidade que Pinta” do artista plástico Eduardo Kobra
Inauguração: dia 9 de outubro, quinta-feira, a partir das 19h.
Onde: Galeria Michelangelo, no Empório Artístico Michelangelo (desde 1915)
Rua radique Coutinho, 798 – Vila Madalena – São Paulo – Tels. 3815 0993 / 3813 2577.
Entrada Franca
Obras: cerca de 15 trabalhos em tamanhos e formas diversas
Detalhe: Placas, outdoors, luminosos e outros materiais de comunicação visual retirados pelos
fiscais e funcionários da prefeitura servem de inspiração e, também, de suporte, para a
exposição do artista, dentro do tema “Muro das Memórias”.
Sobre a Galeria Michelangelo - O Empório Artístico Michelangelo é, desde 1915, uma referência em São Paulo para o público ligado às artes plásticas, bem como para profissionais de engenharia, arquitetura e publicidade. Em 1990, foi inaugurada a Galeria de Arte Michelangelo na loja da Av. Faria Lima, com a proposta de mostrar ao público de São Paulo além de pinturas, o grande acervo do Empório (coleção adquirida durante muitos anos de relacionamento direto dos irmãos Cesare e José Colasuonno, os fundadores, com os artistas). Em 93 surgiu o Prêmio Michelangelo de Novos Talentos, concurso que premiava a cada ano cinco novos talentos da pintura, inclusive com bolsas de estudo no exterior. Em 2008, depois de muito tempo de pesquisa e adequação às novas necessidades e perfis dos clientes artistas, foi inaugurado um novo espaço na Vila Madalena, em São Paulo. O projeto deste novo espaço foi baseado no conceito de "living gallery", muito em voga na Europa. O profissional ou o admirador das artes em geral, não freqüenta mais as galerias de arte como simples protagonista ou expectador, respectivamente, mas busca nelas seu habitat de maior conforto e prazer. Assim surgiu na Vila Madalena, bairro preferido de artistas e intelectuais há gerações, o Empório Artístico Michelangelo, que reúne, em um mesmo endereço, a loja Michelangelo, voltada para as artes plásticas, desenho técnico e artesanato; a galeria Michelangelo vitrine de novos talentos das artes (que é inaugurada pela exposição de Kobra), a Oficina de cursos livres e o Café Michelangelo.
www.emporiomichelangelo.com.br e loja1@emporiomichelangelo.com.br
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Assessoria Especial e de divulgação: O Autor na Praça – Edson Lima
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