domingo, 30 de novembro de 2008

Clevane de asas-Homenagem a Fernando Pessoa-Clevane pessoa

CLEVANE DE ASAS HOMENAGEIA
O GRANDE POETA FERNANDO PESSOA








Imagem: auto-retrato de Fernando Pessoa
(de domínio público,segundo consta).


Trovas do Grande Fernando pessoa,em seu aniversário(13 de junho!)

Quando eu digo tantas palavras em favor das trovas, às quais chamo,desde os Anos sessenta,
de "Pequenas Notáveis", sei bem, como trovadora,do que falo!
Há esnobes intelectuais que torcem o nariz para ela,apenas por ser quadra,
de rimas cruzadas-cujo mérito é mesmo ser fácil de gravar...

O heterônomo Fernando Pessoa,não as desprezou
e aqui lhes trago a prova,suas quadras,bem ao gosto popular:


Cantigas de portugueses
São como barcos no mar -
Vão de uma alma para outra
Com riscos de naufragar.

A terra é sem vida, e nada
Vive mais que o coração
E envolve-te a terra fria
E a minha saudade não!

O moinho de café
Mói grãos e faz deles pó.
O pó que a minh'alma é
Moeu quem me deixa só.

Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi,
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei.

Teu vestido porque é teu,
Não é de cetim nem chita.
É de sermos tu e eu
E de tu seres bonita.

Vem cá dizer-me que sim.
Ou vem dizer-me que não.
Porque sempre vens assim
P'ra ao pé do meu coração.

Tenho um segredo a dizer-te
Que não te posso dizer.
E com isso já te o disse
Estavas farta de o saber...

Dona Rosa, Dona Rosa,
De que roseira é que vem,
Que não tem senão espinhos
Para quem só lhe quer bem?

Dona Rosa, Dona Rosa,
Quando eras inda botão
Disseram-te alguma cousa
De flor não ter coração?

Trazes uma cruz no peito.
Não sei se é por devoção.
Antes tivesses o jeito
De ter lá um coração.

Fernando Pessoa

E lembro que amanhã 13 de junho é a data de seu nascimento.
A partir de hoje, começo a homenageá-lo, o patrono deste site, simples,
com a finalidade de divulgar a beleza, apenas...
Clevane


para "Trovas,pequenas Notáveis",em breve,volume II(e-book e papel)


Notas para uma Carta de Pessoa para Mário Beirão,amigo(1913).


Uns terão um lar, quem sabe, amor

Para homenagear Fernando,uma trova;


Quanto me sinto pequena,
por levar tal sobrenome!
Eu,\"pessoa\" voz amena,
Ele grande,com renome...


Clevane pessoa, em 12/06/06,
véspera da data natalícia de Fernando Pessoa...



Outros terão um lar,quem saiba,amor


Outros terão
Um lar, quem saiba, amor, paz, um amigo.
A inteira, negra e fria solidão
Está comigo.

A outros talvez
Há alguma coisa quente, igual, afim
No mundo real. Não chega nunca a vez
Para mim.

\"Que importa?\"
Digo, mas só Deus sabe que o não creio.
Nem um casual mendigo à minha porta
Sentar-se veio.

\"Quem tem de ser?\"
Não sofre menos quem o reconhece.
Sofre quem finge desprezar sofrer
Pois não esquece.

Isto até quando?
Só tenho por consolação
Que os olhos se me vão acostumando
À escuridão.


(Fernando Pessoa, 13-1-1920).



Imagem:estátua de Fernando Pessoa,em Lisboa.


Sossega, coração! Não desesperes!


Sossega, coração! Não desesperes!
Talvez um dia, para além dos dias,
Encontres o que queres porque o queres.
Então, livre de falsas nostalgias,
Atingirás a perfeição de seres.
Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo!
Pobre esperança a de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo
E em si mesmo se sente diferente,
Como faz mal ao sonho o concebê-lo!

Sossega, coração, contudo! Dorme!
O sossego não quer razão nem causa.
Quer só a noite plácida e enorme,
A grande, universal, solente pausa
Antes que tudo em tudo se transforme.


Fernando Pessoa, 2-8-1933.



"Navegar é preciso,viver não é preciso"

Embora muito se atribua a frase "Navegar é preciso" a Pessoa, ela é de autoria de um romano (ler nota abaixo).Todavia,o poeta fez como aconselha Voltaire ("Pela apreciação,tornamos a excelência de outro, propriedade nossa"), tomando para título dos versos enfeixados na poesia que se segue,onde sua alma grandiosa se derrama e nos aquece.
Clevane pessoa




outubro 03, 2005


Navegar é preciso...


Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:
"Navegar é preciso; viver não é preciso".


Navegar é preciso

Quero para mim o espírito desta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:

Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser
o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo.

Só quero torná-la de toda a humanidade;
ainda que para isso tenha
de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso.

Cada vez mais ponho da essência anímica
do meu sangue
o propósito impessoal de engrandecer a pátria
e contribuir
para a evolução da humanidade.

É a forma que em mim tomou o misticismo
da nossa Raça.

Fernando Pessoa



Nota: "Navigare necesse; vivere non est necesse" - latim, fala do general romano Pompeu,(106-48 aC), pronunciada quando seus marinheiros não queriam viajar,em guerra,segundo narra Plutarco, na "Vida de Pompeu"



"O Poeta é um fingidor" e "Todas as Cartas de Amor são ridículas"

Foto de Fernando Pessoa,pequenino,aquele que se desdobraria em várias personas várius animus e numa grande alma Alberto Caieiro,Ricardo Reis,Álvaro de Campos.Chamado o poeta dos heterônimos,Pessoa atribuía a cada um deles,uma vida separada da sua.Atribuiu,em cartaa Adolfo casais Monteiro,seus heterônomos à Histeria-segundo ele,nas mulheres,os sintomas são diferentes,nofenômeno histérico:ataques e coisas similares.Por viver na sua solidão,ele se desdobra e afirma que Álvaro de Campos é o mais histéricode todas as suas personas.Não sendo mulher,sua histeria se acaba,para ele,em poesia e no silêncio.

Clevane pessoa Lopes



A poesia abaixo contém um de seus mais conhecidos versos
("o poeta é um fingidor"):


Autopsicografia

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.


01.04.1931

A poesia foi publicada no número 36, de "Presença" (Novembro/1932)


Dessa personagem, então, Álvaro de campos, a mais conhecida,talvez,das poesias;


Todas as cartas de amor são ridículas


Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)


Álvaro de Campos,escrita em 21/10/1935







Notas para uma Carta de Pessoa para Mário Beirão,amigo(1913).

Fico imaginando,no século XX ,a extrema angústia porque passava o poeta,com seus desdobramentos de personalidade- segundo ele,a causa-a que denominou "histérica",mesmo não tendo um útero-de seus heteronômios.
Nessa missiva,Fernando pessoa descreve seu desdobramento.Hoje,o desdobramento é uma Ciência,comprovada cientificamente.Os tempos nos levam a estudar melhor vários fenômenos,que outrora eram contabilizados como crendices ou sandices.
Uma das importantes diretrizes deste século,por exemplo,é o estudo da projeciologia.

No Brasil,estudos de Waldo Vieira e outros,comprovam inúmeros momento sem que saimos do corpo físico,o que se convencionou denominar de projeção. O IIPC(Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia),promove cursos e estudos profundos.Certa feita,uma de amigas,médica, veio a Belo Horizonte ,fazer palestras no tema e minha querida Ir Josephina,à época octogenária,foi assistire voltou encantada coma nova Ciência-apesar de freira e "antiga",mas de cabecinha muito atualizada.Ela,a primeira pessoa que publicou uma crônica de minha autoria,Mestra de psicologia e Portugues, a quem amo com gratidão...
Muitos entram no "não li(não vi,não conheci,etc)e não gostei,uma das mais renomadas tolices que já se disse."provai de tudo e ficai com o que é bom",aconselhou S.Paulo.E na caballa,sabemos que teremos de prestar contas por tudo que NÃO fizemos ou NÃO conhecemos...

Ferrnando Pessoa,ao se desdobrar em outros autores,todos com histórias definidas,lançou nesses protagonistas,suas ansiedades,frustrações e desejos.Sim,poderiam ser apenas produtos de seu imaginário,da criativa mente de alguém com hipersensibilidade,o que gera sempre,superdefesas. Mas o interessante é verificar que a Poesia foi sua válvula de escape,e para ela canalizou os protagonismos de seus heteronônios.
Quanta força hercúlea,na aparente fragilidade do superego!Imagino como deve ter se sentido,no epicentro desse vórtice,em torno do qual gravitavam suas outras personalidades.
Como psicóloga,sinto atração plenilúnea por essas pessoas que não parecem caber dentro de sua própria história e ,por mecanismo de defesa do ego,se multifacetam,pensando que se multiplicam...
Pessoas de crença espírita,obviamente,interpretam os desdobramentos como lembrares de vidas passadas.
Na década de 70,quando eu fazia crítica literária(*)a Imago Editora especializada em ficção & psicologia enviou-me um interessante livro, de Clesio Quesado:"O Constelado Fernando Pessoa"
Realmente,com tanto brilho,podemos imaginá-lo,sendo,sozinho,uma constelação de poetas...

Clevane pessoa de Araújo Lopes

Belohorizonte,12/06/06

(*)Na Gazeta Comercial de Juiz de Fora e no tablóide de vanguarda Urgente.

Obs:à força das muitas mudanças ou dos amigos do alheio, perdi esse livro-quem sabe encontro outro exemplar no famoso sebo "Livraria Alfarrábio",daqui de Belo Horizonte(r.Tamoios 320 sl 01)?Saí de lá,noutro dia, com "Une femme"(Editora "Presses de la Renaissance"),a história de Camille Claudel,escrita por Anne Delbée-e mais um dicionário de Francês,editado no Porto,em Portugal,para o caso de nãolembrar lá muito bem de algum termo dessa Língua bem amada.
Desde a adolescência,fascinava-me a história dessa escultora,que foi amante de Rodin e era irmã do poeta Paul Claudel.Para ela,fiz muitas poesias.Qualquer dia,postarei aqui...
Mas daqui a pouco,será aniversário de Fernando Pessoa...Voltemos a ele...

Eis um pouco dessa missiva para seu amigo Mário Beirão:



"Estou actualmente atravessando uma daquelas crises a que, quando se dão na agricultura, se costuma chamar "crise de abundância".

Tenho a alma num estado de rapidez ideativa tão intenso que preciso fazer da minha atenção um caderno de apontamentos, e, ainda assim, tantas são as folhas que tenho a encher que algumas se perdem, por elas serem tantas, e outras se não podem ler depois, por com mais que muita pressa escritas. As ideias que perco causam-me uma tortura imensa, sobrevivem-se nessa tortura escuramente outras. V. dificilmente imaginará que a Rua do Arsenal, em matéria de movimento, tem sido a minha pobre cabeça. Versos ingleses, portugueses, raciocínios, temas, projectos, fragmentos de coisas que não sei o que são, cartas que não sei como começam ou acabam, relâmpagos de críticas, murmúrios de metafísicas... toda uma literatura, meu caro Mário, que vai da bruma - para a bruma - pela bruma...

Destaco de coisas psíquicas de que tenho sido o lugar o seguinte fenômeno que julgo curioso. V. sabe, creio, que de várias fobias que tive guardo unicamente a assaz infantil mas terrivelmente torturadora fobia das trovoadas. O outro dia o céu ameaçava chuva e eu ia a caminho de casa e por tarde não havia carros. Afinal não houve trovoada, mas esteve iminente e começou a chover - aqueles pingos graves, quentes e espaçados - ia eu ainda a meio caminho entre a Baixa e minha casa. Atirei-me para casa com o andar mais próximo do correr que pude achar, com a tortura mental que V. calcula, perturbadíssimo, confrangido eu todo. E neste estado de espírito encontro-me a compor um soneto* - acabei-o uns passos antes de chegar ao portão de minha casa -, a compor um soneto de uma tristeza suave, calma, que parece escrito por um crepúsculo de céu limpo. E o soneto é não só calmo, mas também mais ligado e conexo que algumas coisas que eu tenho escrito. O fenômeno curioso do desdobramento é a coisa que habitualmente tenho, mas nunca o tinha sentido neste grau de intensidade... "

Fernando Pessoa
(*)"Abdicação".In "Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação"(Ática).




Imagem:desconheço a fonte. Se alguém souber, porfavor, mande-me.
Se não for de domínio público,retirarei... Clevane




De uma pessoa, para um Pessoa

"Criei em mim várias personalidades. Crio personalidades constantemente. Cada sonho meu é imediatamente, logo ao aparecer sonhado, encarnado numa outra pessoa, que passa a sonhá-lo,
e eu não.\"

(Fernando Pessoa)

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De uma pessoa,para um Pessoa...
Clevane

Tantas pessoa num só Pessoa,
numa pessoa apenas...
para o olho de teu próprio furacão,
converge cada nova persona,
antigas personalidades,
que agora vêm à tona,
uma uma...
Multifacetas tuas faces,
teus aspectos,
qual ímã,atrais a multiplicidade
de tuas inspirações...
E te desdobras,quais tiras de papel,
serpentinas carnavalescas,
que se sobrepõem,sanfonadas,
uma às outras agarradas...
pensas quete multiplicas,
mas te divides,fragmentado
em ti mesmo...

Teu protagonismo é um leque,
unidade feita de varetas...
As facetas têm rasgos
de tua inspiração,
compõem-se no teu imaginário
recameado de estrelas.
És tu próprio,uma constelação (*)
de poetas ,mas todos têm apenas um coração...

Clevane pessoa de Araújo Lopes
13/06/06(meia noite e 14 minutos)


(*)Referência ao título do livro de Clesio Quesado:\"O Constelado Fernando Pessoa\"(Editora Imago)
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Imagem de Pessoa, quando jovem


Ricardo Reis,um dos "Pessoa"


Poema de Ricardo Reis(heterônomo de Fernando Pessoa):


Mestre, são plácidas
Todas as horas
Que nós perdemos,
Se no perdê-las,
Qual numa jarra
Nós pomos flores.

Não há tristezas
Nem alegrias
Na nossa vida.
Assim saibamos,
Sábios incautos,
Não a viver.

Mas decorrê-la,
Tranqüilos, plácidos,
Tendo as crianças
Por nossas mestras,
E os olhos cheios
De Natureza...

À beira-rio,
À beira-estrada,
Conforme calha,
Sempre no mesmo
Leve descanso
De estar vivendo.

O tempo passa,
Não nos diz nada.
Envelhecemos.
Saibamos, quase
Maliciosos,
Sentir-nos ir.

Não vale a pena
Fazer um gesto.
Não se resiste
Ao deus atroz
Que os próprios filhos
Devora sempre.

Colhamos flores.
Molhemos leves
As nossas mãos
Nos rios calmos,
Para aprendermos
Calma também.

Girassóis sempre
Fitando o sol,
Da vida iremos
Tranqüilos, tendo
Nem o remorso
De ter vivido.

Para ver o trabalho da webmaster paola Kaumo, vá a meu site Clevane de Asas:http://br.geocities.com/clevanedeasas/fernandopessoa.htm

Persuação à beira Mágoa-homenagem a Fernando Pessoa aos 73 anos de sua morte

Hoje, 30/11, fazem 73 anos da morte de FERNANDO PESSOA.

vejam o ensaio abaixo, que está em KAPLUS:http://www.kplus.com.br/materia.asp?co=62&rv=Literatura

Persuasão à Beira Mágoa

(Uma leitura do discurso persuasivo em Mensagem, de Fernando Pessoa)




Todo texto artístico deixa sempre entrever um certo
partidarismo, um certo comprometimento...
a arte [...] tenta convencer, comover e agradar.

(Dante Tringali)

Apresentamos aqui uma possibilidade de análise para a Mensagem de Fernando Pessoa e para tal, valemo-nos da Retórica Antiga, tentando comutar para o poema as diversas partes da rede persuasiva, conforme estabelece Aristóteles.

Sabe-se que "o fato de um texto apresentar marcas de Retórica ou não, nada indica sobre seu valor" (Tringali, 1988, p. 202.), mas diga-se: a Retórica Aristotélica é aplicável ao exame de qualquer linguagem, e funciona como método extremamente útil de análise literária, pelos aspectos peculiares que revela de um texto, principalmente daqueles de índole persuasiva.



Sopro épico - Tensão lírica

É fácil perceber no corpo da Mensagem o sopro de grandiosidade invejado d'Os Lusíadas, a epopéia mãe. Tanto Pessoa quanto Camões visam contar feitos grandiosos realçando os exemplos por meio de uma teoria do heroísmo, pois não há neles, herói que não brilhe, seja pela glória, seja pelo sofrimento, que n'Os Lusíadas é coletivo, cabendo ao povo suportá-lo corajosa e coletivamente, e na Mensagem, coletivizado, visto que o poeta dá voz a um sentimento próprio, sentimento de falta, sua, que, universalizada pela exaltação épica, passa a ser tomada como geral, embora, impulsionada pela força lírica.

Se Camões procura ressaltar a feição épica e factual de todos os seus reis e heróis, se glorifica a grandeza histórica de Portugal e canta enfaticamente as façanhas bélicas como as de Afonso III, a voz da Mensagem procura relembrar saudosa e melancolicamente um passado embalsamado de heroísmo na interior-idade do poeta, e alçar o destino ao futuro que se pretende realizado de grandeza. Se o poeta renascentista faz de Vasco da Gama uma sinédoque particularizante do povo português escrevendo sua crônica histórica, o poeta moderno prefere cantar a nação, interpretar seus sonhos e alertar seu povo para a crença de que Deus é o único porto de chegada. Para tanto, fia suas profecias a Bandarra e Vieira, abraça o mito do sebastianismo e o do Quinto Império, cuja origem é o sonho bíblico de Nabucodonosor.

Se pensarmos profeticamente, natural seria o malogro dessa Mensagem, posto que o profeta Daniel, revelador de sonhos, nunca foi profeta. Não sendo assim, malograria ainda, "porque o país que a recebia, não recebia senão o que não esperava: uma explicação simbólico-religiosa, simbólico-ocultista de um passado que nada mais era senão passado" (Simões, p. 646). Mas se para o país era sem tempo a Mensagem, para o Estado militar era de muita valia. O texto poderia constituir-se em aparelho do poder, enquanto disseminava ufanismo patriótico: persuasão para a crença e esperança de um futuro melhor.

Dada a grandiosa e heróica, não obstante sussurrada lírica e sentimentalmente, a Mensagem oferece-se perfeitamente à utilização política, na medida em que visa convencer sobre a necessidade e a possibilidade de Portugal vir a cumprir a missão histórica de continuar as glórias de um passado saudoso. Enquanto linguagem, o texto apesar de moderno, deixa emergir um tom grandioso e solene; enquanto estrutura, mesmo não sendo rígida como na epopéia, é possível sentir diluídas e permeabilizadas nas linhas da Mensagem, as cinco partes que estruturam o gênero da Ilíada.

Veja-se que Galaaz é a imagem ideal do desejante, e é isto o que na visão do poeta falta a Portugal: um sujeito para o sonho, um sujeito que deseje. Esse chamamento presentifica e nomeia o Desejado. Só ele, por ter a beatitude de Galaaz, mesmo sendo homem, pode ser o sujeito de um desejo e concomitantemente, o objeto de desejo de um sujeito coletivizado. Apenas ele é capaz de viver a gnose de sua verdade histórica e mítica, real e ambígua.

Assim, tudo é oculto. E apesar do poeta "dizer a si mesmo que nada deve buscar e em nada crer", não pode "evitar que o invada a saudade" (Quillier, 1990, p. 125.) indefinível de menino, que na infância perdera o pai e a pátria; a mesma saudade da esfinge que abre a Mensagem (O dos Castelos) e fita o futuro do passado, o Ocidente que (ainda) não existe novamente, pois se no passado fora conquista portuguesa, no presente é o verbum desejante e não-realizado.

Interrogativa, vaga, exclamativa, a voz da Mensagem se revela: nem epopéia, nem elegia, talvez um epitáfio feito sermão, instalando-se num espaço do ser e do não ser, um objeto dialético, espaço mesmo do discurso retórico, que pode se dar de três modos: convencendo, comovendo ou agradando.

1. Convencer é persuadir através de provas lógicas. Requer um método, uma aparelhagem (Probatio) onde as provas possuam força própria e convençam por si, sem que o orador se utilize de explorações psicológicas do auditório. Essas provas podem ser indutivas (exemplos) ou dedutivas (argumentos).

2. Comover é persuadir suscitando paixões no auditório para conduzir-lhe. Esse tipo de prova (ética ou patética) pensa a matéria probatória não em si, mas segundo a psicologia do auditório, mobilizando provas subjetivas e morais. É esse tipo de comportamento que rege todo o aspecto lírico da Mensagem.

3. Agradar é persuadir através do deleite, do encantamento, da sedução própria de toda obra de arte. Esse deleite é conseguido através do aspecto formal do poema: sua linguagem de figuras e imagens.



Retórica Antiga

A Retórica Antiga admite como técnica do discurso persuasivo, cinco operações:

Inventio é o levantamento das provas que constituem a substância do discurso, isto é, deve procurar o que dizer (Invenire quid dicas);

Dispositio: organização do que se vai dizer, arranjo formal das partes do discurso;

Elocutio, a escritura propriamente dita, ato de compor que busca vestir de palavras (verba) o conteúdo encontrado. É a arte do estilo e cuida dos ornamentos (as figuras);

Actio: trabalho de exposição, que, à moda de um ator, sugere uma dramaturgia da palavra (agere et pronunciare) e, finalmente, a

Memória, que garante a livre exposição do orador pelo bom uso mnemônico.



A Techne Rhetorike da Mensagem

Todo discurso está imbuído de uma mensagem e produz algo em seu receptor. Resta saber, portanto, a quem, como, e a respeito de que questão provável, a voz da Mensagem visa persuadir. Sabe-se que toda mensagem pressupõe um receptor, condição essencial para que haja comunicação. A voz da Mensagem, voz de mitos e de homens, agudamente persuasiva, não tem outro objetivo, senão o de influenciar e conduzir pela força do mito e do exemplo.

Os mitos são condensados na figura de Deus — veja-se a epígrafe que à maneira de uma prece de louva-a-Deus abre o poema assinalando o tom de predestinação, que de modo circular, fecha o Mar Português com poema Prece (M. 31, p.212-13). Veja-se ainda O Encoberto, cuja epígrafe Pax in Excelsis não poderia ser mais reveladora dessa voz esfíngica que dá base para o sobrenatural, ação instintiva e rede de predestinação que sustenta o poema. A voz de homem, logos, fala ao homem-nação-portuguesa, poeticamente mitificado, mas responsável pelo destino lusitano. E é a esse homem que cabe, com a ajuda dos mitos, compreender e alardear a mensagem recebida.

A rigor, acreditamos que não se deva falar, contudo, em Retórica do ufanismo, visto que o poeta, embora ostente o passado português de glórias, repudia o presente infeliz; nem em uma Retórica do Nacionalismo, pois o eu-poético repudia a inércia, a falta de sonho, de crença e de desejo daqueles que chama de felizes, porque são só o que passa (M.2, p.197). Mais acertado talvez, fosse falar de uma Retórica do Patriotismo, já que o ponto de partida da Mensagem é uma Retórica do Saudosismo envolta de patriotismo. Esse tema aparece condensado em Brasão, primeira parte do poema, e desenvolve-se nas partes seguintes - Mar Português e O Encoberto - onde a pulsão da alma ou ser lusitano assume seus desdobramentos.

Identificado o tema, a rede retórica aponta para a Questio - o que se discute sobre o tema - e nesse momento funda-se a dialética da Mensagem, pois todo discurso retórico pede um outro que a ele se confronte. Em Mensagem, os seus quase seiscentos versos só se justificam tematicamente porque se opõem, não em ato, mas em potência a um discurso contrário que é representado pela inércia e pelo presente infeliz, carente de glórias. A voz da Mensagem defende um discurso anterior a essa fala do presente. Defende a voz do passado de glórias, voz da saudade que se quer real e futura novamente. É esse o propósito persuasivo da Mensagem.

A primeira parte do poema sugere uma previsão do futuro, mas essa previsão sustentada no Brasão: campos, castelos, quinas, coroa — marcas de fortificação, cristianismo, realeza, inteligência (=Monarquia), são Timbres do passado e reforçam ainda mais o caráter de desgosto com o presente existencial do poeta. Na segunda parte, presente/futuro em relação a Brasão, cantam-se glórias num presente ufano que já não existe concretamente. Passado em relação à terceira parte e à história factual, Mar Português assume caráter mítico, cujo tempo não pode ser medido, porque faz parte da memória-alma portuguesa, tornando-se assim um presente eterno e intocável, capaz de dar passagem para o futuro de O Encoberto e condição essencial para o advento do Quinto Império.

Só nesse momento fica clara a Propositio da techne da Mensagem. Veja-se que o poeta termina seu discurso como que dissesse: este é o último presente, é o momento, e diz É a Hora, dando, sentencialmente, uma condensação dos fatos: Valete Frates.

Essas noções de tempo (passado, presente, futuro) mantêm estreita relação com a categoria de gênero do discurso retórico. Notam-se traços do gênero político (deliberativo) cuja finalidade é aconselhar, e seu objeto, o útil ou o prejudicial, como se vê já no segundo poema, O Das Quinas, ao dizer : Ai dos felizes, que são / só o que passa! (2, p.197). Percebe-se aí a intenção do poeta-orador de aconselhar sobre uma questão futura: (o que há de ser dos felizes...) cujo conselho é expresso nos últimos versos da segunda estrofe ao dizer que A vida é breve, a alma é vasta: / Ter é tardar (2, p. 198).

Percebe-se, ainda, a presença e a fusão de outros traços como o forense (Gênero judiciário), cuja finalidade é acusar ou defender, acusando-se a "falta de sonho" do povo português, ao dizer Ah, quanto mais ao povo a alma falta, / Mais a minha alma atlântica se exalta (30, p. 212), num reclame exaltado, ou chamando a atenção daqueles que vivem em casa, cuja sentença, vem expressa no último texto (Nevoeiro); e o castigo é constatar que Portugal é nevoeiro. (Cf. 44, p.221)

É contudo o gênero Epídico ou Laudatório que caracteriza melhor o poema. Esse gênero que se refere ao tempo presente tem a finalidade de louvar ou censurar; e a Mensagem, já está dito, tem a glorificação patriótica como objetivo precípuo. É através das características desse gênero que o poema se solidifica na história da Literatura Portuguesa e Universal, e funda sua própria história como o poema moderno que celebra a grandeza lusitana: grandeza da potência dos mares, da força da mística e da alma nacional.



Atechnoi & Entechnoi

Não basta ao orador ter domínio sobre a Elocutio. É necessário ter amplo conhecimento do que se vai dizer. Só assim o poeta-orador pode encontrar as provas certas para subsidiar a invenção.

Os atechnoi são as provas fora-da-técnica ou extrínsecas, aquelas que não dependem da criação do autor. São provas concretas, dadas, e que precisam apenas ser manipuladas e valorizadas como o Brasão (com seus campos , castelos e quinas) que abre o poema, ou a posição geográfica da Europa; a localização de Portugal, olhos da conquista porque vêem mais longe; os sete castelos que de Ulisses a Dona Filipa de Lancastre, ventre do império, representam a construção da nacionalidade; As quinas que representam as glórias conquistadas com sofrimento e remetem às cinco chagas de Cristo. São provas extrínsecas e persuadem como exemplos a serem lembrados e imitados. Outras provas dessa categoria podem ser relacionadas, bastando para isso, arrolar os elementos factuais e mitológicos utilizados pelo poeta.

Quanto aos entechnoi, provas intrínsecas (dentro-da-técnica) são elaboradas segundo as características de seu auditório e só dependem da invenção do autor. Dividem-se em lógicas e psicológicas e são, no caso da Mensagem, as que lhe dominam a estrutura persuasiva.

No terceiro poema d'Os avisos e naqueles em que o poeta não dá a palavra a outrem, constroem-se provas éticas (psicológicas) na medida em que fixam a imagem do "orador":

Escrevo meu livro à beira-mágoa.
Meu coração não tem que ter.
Tenho meus olhos quentes de água.
Só tu, Senhor, me dás viver.
Só te sentir e te pensar
Meus dias vácuos enche e doura.
Mas quando quererás voltar?
Quando é o Rei? Quando é a Hora?

(39, p.217)

Essas provas de caráter afetivo visam despertar no auditório os mesmos sentimentos do emissor.

A voz da Mensagem se empenha também em despertar as paixões do auditório. São as provas patéticas (psicológicas), as mais eficientes, porque convencem através do coração. Exemplos dessas provas podem ser encontrados nas 44 micro-unidades que compõem o poema. As paixões são suscitadas através da comparação implícita que se faz entre os heróis da Mensagem e seu auditório, que deve gratidão, reconhecimento, e a própria existência, àqueles que às custas de infortúnios, garantiram as glórias e as conquistas portuguesas. Outro modo de despertar paixão utilizado pelo poeta-orador é a construção das dualidades glória-miséria, felicidade-desgraça, consubstanciadas na intersecção de transcendência I materialidade. Essas paixões, contudo, não vivem só na penumbra e de melancolia. Há no poema lugares de riso e de ironia como se pode ver no poema Dom Pedro, Regente de Portugal (13, p.202).

As provas lógicas dividem-se também em duas espécies: exemplum e entimema. O exemplum é uma similitude, uma analogia persuasiva representada no texto pelos mesmos heróis místicos e/ou reais já citados. São as imago, personagens exemplares que devem ser imitados.

O entimema é uma cadeia argumentativa caracterizada pelo silogismo. São os argumentos que justificam o patriotismo, motivo do poema. Simplificando, mas reconhecendo aí possíveis exageros, podemos dizer que a Mensagem compõe, com suas três partes, um extenso silogismo: Toda glória do passado reflete no futuro; Ora Portugal teve glórias no passado; Logo será o Quinto Império do futuro, cujas pre-missas são representadas pelos termos:

Médio
(Glória no passado)

Menor
Portugal do presente

Maior
Certeza do Quinto império - Glória no futuro

Pudemos observar na invenção da rede da Mensagem provas destinadas a persuadir, fazendo, quer lógica, quer psicologicamente a opinião do seu auditório. Observamos ainda, que se misturam provas concretas e subjetivas, procurando-se opor assim o discurso retórico do poema a um outro discurso, ou anti-discurso, representante da inércia e da falta. Tal discurso precisa, segundo o poeta, ser modificado e é contra ele que se dirige a Mensagem patriótica.

Dispositio - A disposição das partes da Mensagem é retoricamente eficiente. O poema é estruturado em três partes que, a despeito da clareza da divisão, formam um todo intimamente coeso que se apresenta, na verdade, em oito partes enquadradas e enquadrantes.

A primeira parte (Brasão) está dividida em cinco médio-fragmentos: Os Campos, Os castelos, As quinas, A coroa, O timbre, cujos micro-fragmentos somam dezenove textos. O primeiro desses micro-fragmentos, O dos castelos (p. 197), é retomado e desenvolvido adiante em Os castelos (p. 198-201) que alarga e fixa a idéia da terra da nacionalidade portuguesa. O mesmo acontece com o micro-fragmento O das quinas (p.197) que será retomado e desenvolvido em As quinas que representam as armas de Portugal e simbolicamente o início e o fim da dinastia de Avis (D. João I).

O médio-fragmento A coroa representa Nunálvares Pereira, guerreiro e santo, e engloba os castelos e as quinas que são significações contidas no que a coroa representa; e note-se que essa coroa não é apenas realeza, mas Excalibur, o que ilumina e abre o caminho da glória. É o que diverge do ar azul negro e por oposição, o vislumbre do Quinto Império.

O médio-fragmento que termina a primeira parte do poema é O timbre (p.204-5), insígnia que no brasão português da monarquia encima a coroa e que representa simbolicamente o Infante Dom Henrique, Dom João II e Afonso de Albuquerque. Esse timbre, distintivo da identidade lusa, representa a consolidação e expansão portuguesa e engloba os campos anteriores: o d’Os castelos e o d’As quinas.

Brasão, o exórdio da Mensagem, é desenvolvido nas partes seguintes: Mar português e O encoberto. Esse exórdio é minuciosa e genialmente estruturado, contendo em si uma Techne completa, que conta com seu próprio exordio (A), narratio (B), confirmatio (C) e epílogo (D) que engloba e resume.

O segundo macro-fragmento do poema marca através da posse do elemento água (mar) um período de criação, conquista e poder. Mar Português estrutura-se como a narratio que expõe a história dos descobrimentos e como confirmatio que busca justificar o aspecto negativo dessas descobertas porque, segundo o poeta, ... Tudo vale a pena / Se a alma não é pequena (29, p. 211).

O macro-fragmento O Encoberto finaliza o poema. É um epílogo à Animos Impelere, isto é, ao nível dos sentimentos; e apesar de resumitivo, persuade comovendo. É um epílogo patético, lacrimejante.

Elocutio - A elocução é a última etapa da montagem. É a própria escritura e se encarrega de produzir em palavras (verba) o material encontrado na inventio e na dispositio. Essa atividade locatória compreende o ato de compor e polir o discurso. É, na verdade, a procura das palavras que vão vestir artisticamente o conteúdo.

Uma das características do discurso bem realizado é a capacidade de "persuadir", encantar, seduzir pelo deleite; pois os ornamentos, sempre do lado da paixão, tornam a palavra sensual e desejável. A Mensagem persuade assim, seduzindo e agradando.

Destaque-se ainda o valor da metáfora em Mensagem. São pelo menos três, as maneiras como esta metábole se manisfesta: ao nível da substituição paradigmática (metáfora-palavra); ao nível de uma tipologia lingüística e poética (metáforas denominativas que suprem certa carência lexical ); e ao nível do enunciado ou da parte do discurso.

Veja-se que os próprios títulos Mensagem, Brasão, Mar, Encoberto são metáforas-chave, catalisadoras de atmosferas poéticas.

Brasão é iniciado com uma alegoria (O dos castelos) composta por uma cadeia metafórica: os românticos cabelos (= os oceanos); os olhos gregos lembrando (= recordo do pensamento clássico) e Ocidente futuro do passado (= Brasil e Colônias da África Ocidental). No segundo poema (O das quinas) são construídas metáforas por comparação em aproximações que ressaltam as diferenças entre homem e Deus.

É precisamente nesses dois primeiros poemas que se funda a principal e talvez única metáfora (porque globalizante) para o entendimento da Mensagem. É a metáfora por alusão que de certo modo seleciona os seus leitores porque exige deles o conhecimento de fatos históricos, mitológicos, bíblicos e da própria vida enigmática de seu autor.

Outras metáforas de destaque nessa primeira parte do poema são: Ulisses (= a origem de Portugal); Viritato (= a nação portuguesa); Dom Afonso Henriques (= a independência de Portugal). Dom Dinis - Sexto d'Os Castelos - o plantador de maus a haver e do trigo do império é metáfora da expansão futura e da riqueza.

Das Quinas convém lembrar da segunda, o poema mais antigo da Mensagem e que na sua origem tinha o título de Gládio. Essa espada especial de dois gumes constitui-se numa metáfora por comparação também contrastante entre o concreto e o abstrato e significa o poder sobrenatural daquele que deveria empreender a guerra santa. Na quarta das quinas, Dom João - Infante de Portugal - é a alma Virgemente parada, metáfora de pureza e de falta de préstimo em contraste com as almas de seus pares.

Em A coroa se faz a comparação metafórica Galaaz/Nunálvares, cuja espada energizada decepa o azul negro do ar. Ar (=céu) é mais uma metáfora do mistério, do ignorado que nesse poema representa a tópica do espiritual e do divino, lugares do sobrenatural. Essa metáfora será repetida de forma diversificada e com outra roupagem em diversos textos como: 3, 4, 9, 12, 13, 17, 18, 35, 37, 39, 41.

A metáfora Mar é também e ao mesmo tempo veículo para o sonho e para a esperança portuguesa. Esperança de conquistas materiais e sonho do empreendimento e da manutenção da guerra santa.

Dom Sebastião o primeiro d' Os símbolos (O encoberto) dá lugar à metáfora temporal. Ler esse texto é assistir o levantar-se de Dom Sebastião interrompendo o intervalo da alma imersa, ou o repouso nas Ilhas Afortunadas. O eu do poema, estando presente, fala de um passado: caí, guardei e remete a um futuro: regressarei. Mas esse regresso que continuará sendo aguardado já é presente porque seu tempo é o da espiritualidade, é mítico-místico e transcende à noção temporal. Esses elementos são base também para uma metáfora espacial porque presentificam e atualizam o sonho e o desejo do espectro do último rei da dinastia de Avis que se faz onipresente ao atuar n' Os avisos em tempos e principalmente em contextos diferentes: Bandarra (1500-1556), Vieira (1608-1697) e Pessoa (1888-1935).

No texto O Encoberto, talvez o mais belo da Mensagem, além das várias metataxes, chama a atenção a construção metafórica de renascer, vir à luz (do Encoberto) através da gradação: aurora ansiosa - dia já visto - sol já desperto que tece a comparação entre Dom Sebastião e Cristo. Aquele morto e "enterrado" em nome da pátria, este em nome do pai. Ambos foram mortos no exercício da proteção da humanidade - cada qual a sua - e voltam à luz para assumirem o lugar de origem: um os céus porque na origem era espírito, o outro, Portugal porque na origem era rei.

Mas o rei não vem (ainda) e a metáfora do insólito, do sombrio, cobre Portugal que é nevoeiro. E o poeta já quase sem fôlego recobra-se: É a Hora! e conclama os homens, seus/nossos irmãos, à fraternidade.



RESUMO: Análise do poema Mensagem de Fernando Pessoa, através da ótica da Retórica Antiga

UNITERMOS: Fernando Pessoa: techne rhetorike, discurso, invenção, persuasão.

ABSTRACT: Analysis of the poem Mensagem by Fernando Pessoa under the light of Ancient Rhetoric.

KEY-WORDS: Fernando Pessoa; discourse; invention; persuasion; techne rhetorike.



Referências bibliográficas

ALMEIDA, Onésimo Teotónio. Mensagem: uma tentativa de reinterpretação. Angra do Heroísmo: Direção Reg. dos Assuntos Culturais e Secr.Reg. da Ed. e Cultura, 1987.

ARISTÓTELES. Arte Retórica e Arte Poética. Rio de Janeiro: Tecnoprint.

BARTHES, Roland. A Retórica Antiga. In: COHEN, Jean et alii - Pesquisas de retórica. Petrópolis: Vozes, 1975.

COELHO, Jacinto do Prado. Textos inéditos de Fernando Pessoa. Colóquio-Letras, 20, Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1974.

DUBOIS et alii - Retórica Geral. São Paulo: Cultrix, 1974.

OSAKABE, Haquira. Fernando Pessoa e a Tradição do Graal. In: Remate de Males. Instituto de Estudos da Linguagem. Campinas: Unicamp, 1988.

PADRÃO, Maria da Glória. Pessoa e o Quinto Império. Persona 9, Porto: Centro de Estudos Portugueses, 1983.

PESSOA, Fernando. O guardador de rebanhos e outros poemas. São Paulo: Cultrix, 1989. (Sel e intr. Massud Moisés).

QUILLIER, Patrick. Os címbalos de Pessoa. In: Colóquio de Letras. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1990.

SIMÕES, João Gaspar. Vida e obra de Fernando Pessoa. Almadora: Bertrand, s.d.

TRINGALI, Dante. Introdução à Retórica: a retórica como crítica literária. São Paulo: Duas Cidades, 1988.




Matéria publicada em 01/08/2000 - Edição Número 12

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Poema de Vasco dos Santos-A TORRE DE BELÉM E O SONHO--Convite enviado por Joaquim Evónio




Imagens enviadas por Evónio

Torre de Belém:tela de Manoel Antunes

Vasco dos Santos entrevistado por Henrique Ribeiro
"Palavreando"_Odivelas - 28 Nov 08)
Foto de Vasco dos santos("
Joaquim Evonio , generoso, dedicado divulgador cultural, sinaliza para o evento de VASCO dos SANTOS:


data:30 de novembro de 2008 12:07
assunto :Divulgação Amigo Vasco dos Santos
enviado pornetcabo.pt




"Amigos,

Se não puderem estar presentes, agradeço o favor de divulgarem pelo vosso universo, Vasco dos Santos merece uma sala cheia... à cunha...

É já na próxima Quinta-feira"

Joaquim Evónio nos oferece, qual um manjar variado dos deuses,seu site varanda das estrelícias-além de seus ótimos textos, o artista plástico e poeta ainda nos hospeda e é muito prazeroso para mim ter lá meu subsite.

Sempre que tiver tempo, navegue pelo cito:



04 Dez - 19:00 - Lisboa - Apresentação: Seis obras de Vasco dos Santos


Vasco dos Santos entrevistado por Henrique Ribeiro
"Palavreando"_Odivelas - 28 Nov 08

O amigo Vasco vai receber durante a sessão, antes do Bufete, uma bela e simbólica prenda-surpresa.

Eis o seu último Poema, feito a meu pedido:


Tela de Manuel Antunes

A TORRE DE BELÉM E O SONHO

Da torre,
descem pedras em esquadria,
envoltas na poalha do tempo,
(mortalha solta ao vento)
que mais parecem
asas de gaivotas
flanando e espadanando a bruma,
debruando nas ondas do mar,
uma a uma,
a tela mais sublime
que a luz do sol afaga e redime.

A intervalos espaçados,
cobertos de espuma,
na tela gigante do mar imenso,
penso nos sonhos plasmados
do Infante nas páginas da história
de quem os monstros do mar
preservam lembranças
e guardam a memória.

Nos flancos cravados na areia,
ecoam, ainda, ecos de sereia,
no mar profundo,
encantados com os argonautas
mais audazes do mundo.

E eram tantos os solavancos
da nau debruada pelas asas das gaivotas
em pinceladas de arabescos,
desenhando painéis de afrescos,
nos mares de mistério e dor,
que o cabo do Bojador
deu de se mostrar timoneiro
capaz de iluminar o mundo inteiro.

E, nestes sonhos de menino,
Sobraram a Torre de Belém,
guardando este mistério profundo
que fez estremecer o mundo,
por todos os séculos, Amém.

Lisboa 26/11/08
4.ª feira 16:20h
Vasco dos Santos

---------------------------------------------------
Vasco dos Santos entrevistado por Henrique Ribeiro
"Palavreando"_Odivelas - 28 Nov 08

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Convite revista literária PLURAL



leia página anterior, a respeito do evento, que congregará vários grupos ligados à POESIA e à Literatura, pela APPERJ, com programação enviada por Sèrgio Geronimo, seu Presidente..

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Lançamento da Revista Literária Plural n° 3-OFICINA Editores- Trem da Poesia



Imagem:escolhi esses casulos de aranhinhas, para ilustrar o evento:

Teias etéreas de Esfinges eternas

Afinal, são os Poetas
que ao sol e ao luar
tecem as teias incolores
que refletem tantas cores,
aranhas da POIESIS...
Quem se aproximar,
será capturado e devorado
pela beleza eterna,
decifrador e decifrado.

Afinal,são os bardos os únicos que conhecem
o desenho sagrado das Teias etéreas
das Esfinges eternas

Clevane Pessoa de Araújo Lopes (para Sergio Geronimo & demais bardos dessa ação)


Sergio Genonimo, Presidente da APPERJ e editor (Oficina Editores), não pára, felizmente para quem gosta de ler e de inovações.
Muitas ações repetem seus sucessos, por exemplo, os saraus.E muitos grupos estarão ali concatenados, antenados:
"Te Encontro na APPERJ; Terça ConVerso no Café; Poeta saia da gaveta; A Poesia Conversa com o Verso; POLEM; Entardecer da Poesia com Arte; Trovas & + Trovas; Revira João; Charau; Todas Elas & Alguns Deles; Ratos Di Versos; Poesia, você está na Barra; Poetas sem Fronteiras; Poesia no Paço D'Arlequim."

E Sergio Jeronimo mais ainda informa:"O sarau Via Plural estará aberto a todos os poetas"

Gostei da diversidade, inclusive porque Tovas & + Trovas tem seu lugar ao sol:em muitos espaços, há (ainda!) quem desconsidere trovadores.Sou uma com gosto e honra.Fernando Pessoa também era.E Manuel Bandeira-entre tantos poetas-maiores.

Já participei de algumas das Antologias da oficina e Editores e as edições são caprichosas.

Elogio sobremaneira essas ações que somam e multiplicam os fazedores de Poesia.Os bardos vieram ao mundo diferenciados.E, conforme bradei em meu sarau, A POESIA PEDE PASSAGEM!

Sucessos para vocês aí.

Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Diret.Reg.do InBRasCi em Belo Horionte, MG
Poeta Honoris causa pelo Clube Brasileiro de Língua Portuguesa para oito paíeses Lusófonos.


"Lançamento da Revista Literária Plural n° 3 (OFICINA Editores) & Trem da Poesia
Mais uma vez a Revista Literária Plural vem movimentar o cenário carioca de artes nesta primavera e, como de outras vezes, fazendo seu lançamento, literalmente, em movimento. Isto mesmo, em 2004 o lançamento foi ao longo das ruelas do famoso bairro de Santa Teresa, dentro do bonde Paula Mattos, com sarau no bar da Fatinha; em 2006 na travessia da baía de Guanabara, na barca Rio-Niterói, com sarau no espelho d'água do museu de Arte Contemporânea e esta de 2008, a n°3, será no Trem da Poesia, durante o X Festival Carioca de Poesia (coordenação do Grupo Poesia Simplesmente), iniciando às 14h, na estação Cardeal Arcoverde do Metrô, depois no percurso da Supervia entre a estação D. Pedro II (Central do Brasil) e a estação de Marechal Hermes, ao mesmo tempo poetas da Zona Oeste iniciaram o percurso vindo da estação de Campo Grande, finalizando às 17h, no sarau Via Plural, no teatro Armando Gonzaga, encerrando o projeto Poesia no Teatro (APPERJ & Poesia Simplesmente).

Confirmaram presença no evento os coordenadores e poetas dos eventos: Te Encontro na APPERJ; Terça ConVerso no Café; Poeta saia da gaveta; A Poesia Conversa com o Verso; POLEM; Entardecer da Poesia com Arte; Trovas & + Trovas; Revira João; Charau; Todas Elas & Alguns Deles; Ratos Di Versos; Poesia, você está na Barra; Poetas sem Fronteiras; Poesia no Paço D'Arlequim.

O sarau Via Plural estará aberto a todos os poetas. Evoé, POESIA!
Sérgio Gerônimo"

Editor-chefe OFICINA Editores
Pres. da APPERJ
www.apperj.com.br
www.oficinaeditores.com.br

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IVAN MOUDOV. TRICK OR TREAT





IVAN MOUDOV at KUNSTVEREIN BRAUNSCHWEIG




IVAN MOUDOV. TRICK OR TREAT
Kunstverein Braunschweig
Haus Salve Hospes
Lessingplatz 12
38100 Braunschweig
Germany
Phone: +49 531 49556
Fax: +49 531 124737
Contact:
info@kunstverein-bs.de

www.kunstverein-bs.de



IVAN MOUDOV. TRICK OR TREAT
December 6, 2008 – February 15, 2009
Opening: Friday, December 5, 2008 at 7 p.m.

In his performances, installations, photographs, and videos, Ivan Moudov (born 1975 in Sofia, Bulgaria) deals with social and cultural structures and communicational practices. He achieved recognition through performances that directly integrate the viewer: In conjunction with his Traffic Control performance (since 2001), Moudov directs traffic in various European cities dressed as a Bulgarian policeman and documents the diverse reactions of the motorists and authorities according to the respective cultural context in videos. Wildly gesticulating, but fitted with doubtful power by means of his uniform with the Cyrillic inscription 'Police'. Moudov undermines our trust in authority with a twinkle in his eye. In 14'13 minutes priority, he blocked roundabout traffic with a circulating motorcade until the performance was stopped by courageous motorists and the police. Moudov's performances are ultimately aimed at tracing absurd situations in our everyday environment and its organizational structure.

But with the provocations that his interventions evoke, Ivan Moudov also questions the mechanisms of the art scene and his own identity as an artist. In his processual Fragments project (since 2002), he operates a contemporary form of archeology: In the museums of the world, he deliberately stole small elements from the installations of famous colleagues, such as a slide by Douglas Gordon or an eggshell by Marcel Broodthaers. The stolen goods were cataloged and presented in a suitcase on pedestals, similar to Duchamp's 'Boíte en valise.' The space of art itself became a crime scene; the stolen fragments became relics and evidence at the same time. A different type of appropriation to be sure, but, aside from the subtle institutional and representational criticism, this 'pirate collection simultaneously points to Moudov's role as an artist in Bulgaria, a country that still does not have a museum of contemporary art. One of his long-term projects is therefore the fictitious 'Bulgarian Museum for Contemporary Art' (abbreviated 'MUSIZ'), the opening of which Moudov announced in 2005 by means of a PR campaign: Hundreds of journalists, diplomats, and art enthusiasts followed the invitation and flocked to the supposed opening at a train station in Sofia. Moudov also works on his own real collection that he–deliberately making use of clichés–finances by means of a sleight of hand (Romanian Trick) and displays on an equal level alongside his own works in exhibitions.

Moudov, who was trained as a painter, also undermines the classical subject of portraiture in a clever as well as humorous manner: Instead of inviting the sitter to a portrait session, he invites him to go out for coffee. But he has a fortuneteller analyze the photographed coffee grounds, presents them as an abstract as well as fictitious and intimate portrait in the manner of Kosuth's concept art as a juxtaposition of photograph and text.

IVAN MOUDOV. TRICK OR TREAT is Moudov's first institutional solo exhibition in Germany. In recent years, Moudov an participated in international group and solo exhibitions at the Moderna Museet, Stockholm (2008), the 52nd Venice Biennale (2007), the 1st Moscow Biennial of Contemporary Art (2005), In den Schluchten des Balkans, Fridericianum, Kassel (2003) and Manifesta 4, Frankfurt am Main (2002).

The exhibition is accompanied by a catalog that is the first monographic publication (German/English) with texts by Iara Boubnova, Mats Stjernstedt, and Hilke Wagner.

"HOW TO CREATE YOUR OWN ANNOUNCEMENT with e-artnow "

Fonte:enviado por ARTNOW

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Curitiba:Galerias Subterrâneas.










Pelo Coro Coletivo, recebo do artista Goto, no entanto, o meu endereço estava "over" cota de armazenamento e somente entrou hoje.
Mas registro as belas imagens das ocupações, instalações, murais e o que mais acontece nessa mostra em vídeo- e mais as palavras dele (Clevane:)



"Olás,


Convido a todos para o lançamento do vídeo Galerias Subterrâneas (Goto, epa!, Curitiba: 2008. Duração: 27min) que ocorrerá na Cinemateca de Curitiba, segunda-feira, 24/11, em três sessões gratuitas, às 20H; 21H e 22H.


Na ocasião será também lançado o catálogo do projeto.


O documentário experimental foi editado com registros em vídeo e fotos das intervenções artísticas realizadas entre maio e julho de 2008 nas travessas subterrâneas dos terminais de ônibus de Curitiba. O projeto foi um dos apoiados pelo edital Conexão Artes Visuais / 2007 (Minc/Funarte/Petrobras). Participaram do fluxo os artistas e coletivos de artistas Rubens Mano (SP); BijaRi (SP); Alexandre Vogler (RJ), Marssares (RJ); Lourival Cuquinha (PE) e os coletivos de artistas InterluxArteLivre e e/ou, ambos de Curitiba. Convidados pelo coletivo e/ou, Ana González e Cleverson Salvaro também propuseram ações específicas.

Em anexo seguem fotos dos trabalhos realizados e o mapa das intervenções.

Legendas:
1) InterluxArteLivre. Ocupação. Terminal Cabral. (foto: Juan Parada)
2) Marssares. Re-Paisar. Terminal Campina do Siqueira. (foto: Camilla Rocha)
3) Rubens Mano. Marco. Terminal Campo Comprido. (foto: Rubens Mano)
4) Alexandre Vogler. Anamorfose: base para unhas fracas. Terminal Capão Raso. (foto: Alexandre Vogler)
5) e/ou. Descartógrafos. Terminal Pinheirinho. (foto: Claudia Washington)
5.1. - convidados do e/ou: Cleverson Salvaro. Fure. Terminal Pinheirinho. (foto: Cleverson Salvaro)
5.2. - convidados do e/ou: Ana González. Galerias súbitas. Terminal Cabral. (foto: Claudia Washington)
6) BijaRi. Natureza urbana. Terminal Vila Hauer e outdoor em frente à Fundação Cultural de Curitiba. (foto: Bruno Oliveira)
7) Lourival Cuquinha. Ouvidoria. Centro Cultural Solar do Barão. (foto: Goto)


Nos encontramos na Cinemateca,
até,
Goto"

Divulgação:
Clevane Pessoa de Araújo Lopes

Belo Horizonte-MG
Diretora Regional do InBrasCi.

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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Livros-para-a-biblioteca-Hilda-Hilst








josé geraldo neres

Imagens:algumas*capas*de*livros (ilustrativas):
Cenário Noturno-Andréia Donadon-Edit:Aldrava Letras e Artes.
Mulheres de sal, Água e Afins-Edit.Urbana/Libergráfica/Belo Horizonte, MG
Metade Máscara, metade Cara, de Eliane Potiguara.
Mulheres*No*Banquete*de*Eros--o*r*g*a*n*i*z*a*d*a88p*o*r*C*l*a*r*i*s*s*e*M*a*i*aOrganizada*por(Nina*Reis*Edit.aBrace)
Convergentes-EditGuemanisse
FotoGrafias-de_Um-Descasamento(Bilá*Bernardes- Edit.anomelivros)
Artes*e*Artes*de*Victoria*falavigna



Date: 2008/11/28
Subject: FAVOR DIVULGAR: Biblioteca Hilda Hilst - Centro Cultural Brasil - Rep. Dominicana
To: josé geraldo neres



"FAVOR DIVULGAR: Biblioteca Hilda Hilst - Centro Cultural Brasil - Rep. Dominicana
Em janeiro de 2009, será inaugurado o Centro Cultural Brasil - República Dominicana, da Embaixada do Brasil em São Domingos. Além da Biblioteca Hilda Hilst, contamos com várias salas de aulas (para cursos de Língua Portuguesa e Cultura Brasileira), Salas Glauber Rocha, Tarsila do Amaral e Anita Malfatti (para projeções e exposições), Cozinha Adélia Prado (para aulas de culinária brasileira), Jardim Vinicius de Moraes, Café Machado de Assis, entre outros espaços.

Nesse momento, pedimos colaborações a escritores e editores brasileiros para o nosso acervo, que está começando a se formar. Os interessados em doar livros, revistas, jornais, CDs, DVDs podem enviá-los para:

Cristiane Grando
Diretora
Biblioteca Hilda Hilst
Centro Cultural Brasil - República Dominicana
Calle Hermanos Deligne, 52
Gazcue - Santo Domingo
REPÚBLICA DOMINICANA

Obrigada pela atenção!

Um abraço afetuoso,


Prof.a Dr.a Cristiane Grando
Diretora do Centro Cultural Brasil - República Dominicana
Professora Convidada na Universidad Autónoma de Santo Domingo - UASD
http://www.letras.s5.com/archivogrando.htm
http://dominico-brasilero.blogspot.com

Enviarei alguus livros.Um de meus maiores prazeres é doar livros e ser lida.
Por favor, divulguem este pedido.

Clevane

Dibvulgação:
Clevane Pessoa de Araújo Lopes

Diretora regional do inBRasci-em Belo Horizonte-MG

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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

AMiMar-Ilha da Madeira e Edson Pereira de Almeida.



Cartas do AMiMAR, enviado pelo Chamceler do inBrasCi Edson Pereira de Almeida

Édison Pereira de Almeida
Chanceler do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais
Rua do Chão da Relva 28
Santo da Serra
9100-206 Santa Cruz
Ilha da Madeira - Portugal
www.ermitaodapicinguaba.com
Tel.: 291-552060 - 966933900




O endereço do Chanceler do inBrasci, na Ilha da Madeira, an/cantA-MEque .Ele nos envia o cartaz do AmiMAR.O endereço é um poema de per si,que me inspira:


Pereira trans/plantada:

do Brasil para Portugal
Espirais sol/ares na Picinguaba
Lun/ares sonhos,
argênteas palavras lavras,
Santa Cruz e signais secretos,
significados no encontro das escrturas
e iluminuras
encontrados
em muitos caminhares.

Santa Cruz de Santa Madeira,
madeiro de perfumardo cerne,
MAR-a-V-ILHA...
Santo (num canto )da Serra:
ermida entre mar e flor
morada
e outra .
AMOR dentro da casa oculta
no ventre da alma,
no escrínio do COr/AçÃO.

No Chão da Relva,
lixo de luxo:
pétalas e sépalas,
folhas e insetos,
vida tão viva!
E se escuta o cantochão
inaudível para os outro,
a embalar Alma, calma,
onde a fúria sagrada, faz nuances,
traz sacrossantas sendas.
Cristo no templo em fúrias, ventos a varrer
-destruir para Construir
consciência, pré/consciencia
ID a fornecer instintos e atavismos.

Rei de pé, ira santa,
poética e ancestral

Tu.

Pereira.

(...)

Clevane Pessoa de araújo Lopes
Diretora regional do InBrasCi em Belo Horizonte, MG-Brasil








Édison Pereira de Almeida
Chanceler do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais
Rua do Chão da Relva 28
Santo da Serra
9100-206 Santa Cruz
Ilha da Madeira - Portugal
www.ermitaodapicinguaba.com
Tel.: 291-552060 - 966933900

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Coletivo Curto-Circuito-Colectivo Curto-Circuito


Coletivo Curto-Circuito


O Coletivo Curto-Circuito é formado por artistas e ativistas focados nas intersecções entre arte, filosofia, educação, arquitetura, urbanismo, sociologia, comunicação, teoria crítica e política radical. O Coletivo Trabalha com Subvertisings, Performances, Happenings, Inserções em Circuitos Ideológicos, Derivas, Ocupações Sônicas, poéticas de Teatro do Oprimido, Desvios Murais, Desconstruções Ambientais e Cognitivas "entre outras coisas". Hoje o que se pode dizer sobre o Coletivo Curto-Circuito é que é difícil especificar e enquadrar a cartografia singular dos estados sensíveis que o Coletivo desenvolveu em suas deambulações pelo mundo.

mais informação
http://coletivocurto-circuito.blogspot.com

[español]

Colectivo Curto-Circuito

El Colectivo Curto-Circuito está formado por artistas y activistas enfocados en las intersecciones entre arte, filosofía, educación, arquitectura, urbanismo, sociología, comunicación, teoría crítica y política radical. El colectivo trabaja con Subvertisings, Performances, Happenings, Inserciones en circuitos ideológicos, derivas, ocupaciones sonoras, poéticas del Teatro del Oprimido, "Desvios Murais", Deconstruciones Ambientales y Cognitivas "entre otras cosas". Hoy lo que se puede decir sobre el Colectivo Curto-Circuito es que es difícil especificar y encuadrar la cartografía singular de los estados sensibles que el Colectivo desenvuelve en sus deambulaciones por el mundo.

más información
http://coletivocurto-circuito.blogspot.com

Enviado através do CORO COLETIVO

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JAIRO DE LARA




Agradeço à Sara(CAIS),pelo envio,que interessa aos amantes da música.

Serviço:

Jairo De Lara
Fonefax: (31) 2525.3078
Cel: (31) 8484.1828
Belo Horizonte - MG

visite www.myspace.com/jairodelara

Divulgação:InBrasCi-Dir.Reg.em BH

Clevane Pessoa

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Leosino Miranda vive um Coronel Apolodoro Máximo impecável-Criador e Criatura Imperdíveis












Fotos (créditos:Clevane Pessoa)-de baixo para cima:
Caras e bocas do Coronel Apolodoro Máximo (Leosino Miranda, autor/ator da peça)

Mãos e anéis do personagem.

O coronel conta suas façanhas.

Apolodoro Máximo e o patritismo, a politicagem...

O público (adultos e crianças)

O artista é aplaudido.









Eu havia lido o livro de Leosino Miranda, Coronel Apolodoro Máximo, presenteado pela artista plástica e poeta Graça Campos e rira sozinha, desse personagem , uma espécie de Barão de Müchhausen(*), lembrando que meu pai comprara-me o livro conm suas aventuras quando eu era menina e que adorava lê-lo comigo.O monólogo lembra o barão apenas no exagero de suas memórias, pois o Coronel Apolodoro Máximo é brasileiríssimo, mineiríssimo, inserido no contexto de histórias mundiais , mas sobretudo de Minas.O texto é bem temperado, com sotaque mineiro, com direito ao bigodão preto no personagem , numa sinalização que é atemporal.

Chegamos ao Teatro cedo, pois meu filho Gabriel ia fazaer a filmagem.

Vimos o cenário, composto de poltrona, mesa e parlatório.O artista, de camiseta, sempre simpático, ni limiar sutil entre o personagem e si mesmo, ainda parar para alguns dedos de prosa conosco.Fecham-se as cortinas.O filho dele, Samuel,m senta-se a nosso lado e ri muito, com a largura de um riso jovem.As pessoas não apram de rir.Há crianças pequenas perto de nós na primeira fila- e às vezes, falam alto.Mas, em muitos momentos, atentos, acompanham a história, o que mostra que a peça serve para púbico de todas as idades.É uma deliciosa viagem pelo tempo, por cenas da história,recontadas sob a ótica exagerada do Coronel Apolodoro Máximo.Causos, acasos, conseqüencias.E o ego inflado de quem "já nasceu em berço de ouro".Ou acredita que.Embora os adultos que acompanham os pequenos espctadores não lhes peçam para ficarem caladinhos em certos momentos, o artista segue, não se perde nos fios de sua oratória.

Tudo que diz, reflete uma filosofia de vida, uma pesquisa, uma postura do próprio autor-a critica social e política, por exemplo, estampa-se nas falas.Um texto inteligente, óbvio, como todos que escrevem os gêmeos Leos(Leosino e Leonildo-este, estava em outro trabalho, na Biblioteca Pública).
O ator move-se no palco com propiedade.O mis-en-scène equilibra-se com gestos e tons de voz, expressões fisionômicas.O coronel Apolodoro Máximo é convicente.As risadas atestam o grau de aceitação de seu caráter superlativo, egocentrado e empoderado na própria situ/ação de vida.E ela atravessa séculos.
Em geral, a palavra monólogo pode afastar possíveis compradores de entrada, lembra meu filho.Não é o caso, observa, pois a peça é realmente capaz de prender nossa atenção - e quase lamentamos quando termina.Nada melhor terminar o dia com uma comédia desse quilate.
As pessoas aplaudem , não parecem querer ir embora:a impressão que temos é que desejam convidar o coronel para uma vcerveja, um cafezinho, ou para acompanhá-los até suas casas e continuar a ouvir seus causos.Contar causos é o que os irmãos fazem naturalmente.


Mas o ator foi autografar livros.
Compro um para a jovem poeta Victória Falavigna, de lendas africanas.Peço que autografe um para meu mano que se chama Máximo-sobrenome de meu avô materno, jornalista e poeta paraibano.
Dá para atender porque se afirma que "rir é o melhor remédio".E que rir "desopila o fígado:saímos de lá com uma sensação deliciosa de leveza...

Clevane Pessoa de Araújo Lopes

Diretora Regional do InBrasci em Minas Gerais



(*)Karl Friedrich Hieronymus von Münchhausen (11 de maio de 1720 - 22 de fevereiro de 1797) foi um militar e senhor rural alemão. Os relatos de suas aventuras serviram de base para a célebre série As Aventuras do Barão de Münchhausen, compiladas por Rudolph Erich Raspe e publicadas em Londres em 1785. São histórias fantásticas e bastante exageradas, propagadas sobretudo no gênero de literatura juvenil.



[editar] As "aventuras do Barão de Münchausen"

Nascido em Bodenwerder, durante a juventude Münchhausen serviu como pajem de Anthony Ulrich II, Duque de Brunswick-Lüneburg, e mais tarde entrou para o exército russo. Serviu até 1750, participando em particular de duas campanhas contra os turcos. Ao retornar para casa, começou a espalhar várias histórias sobre suas aventuras.

De acordo com as histórias, recontadas por outros, os feitos incríveis do Barão incluiam viagens em bolas de canhão, jornadas para a Lua, e a fuga de um pântano ao puxar a si mesmo pelos próprios cabelos (ou pelo cadarço das botas, dependendo da versão)."
Fonte:Wikipédia

E ATENÇÃO:Em 26/11/2008 LEONILDO E LEOSINO MIRANDA< OS ATORES E AUTORES< ARTISTAS DE TEATRO E CINEMA(OS COVEIROS_FESTIVAL DE GRAMADO 2008 ESTARÃO SE APRESENTANDO NO TEATRO DO COLÉGIO N.Sra das Graças, na FLORESTA",EM BELO HORIZONTE, COM A JÁ CONSAGRADA PEÇA "DOIDOS DEMAIS"

Nessa ocasião, os gêmeos Leos receberão um Certificado de Amigos da Paz, das Artes, da Poesia e da vida, que concederei enquanto Embaixadora universal da Paz e que tem o apoio cultural da Rede Catitu (Marco Llobus), da ONG Alô Vida (Claudio Márcio Barbosa) e CCLN(Ricardo Evangelista)....

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domingo, 23 de novembro de 2008

Os Leos em DOIDOS DEMAIS



A peça "DOIDOS DEMAIS", está de volta.Esses gêmeos poetas e atores, autores, não param e são demais!Na semana passada assisti ao Coronel Apolodoro Máximo (com o Leosino Miranda) e adorei.

Recentemente, gravaram um curta metragem no Sul do País (Dois Coveiros), volta e meio são convidados para programas sobre mineiridade.Legítimos representantes de seu Estado

No dia 26, a dupla receberá, da Embaixada Universal da Paz, em Belo Horizonte, o certificado de Amigos da Paz, das artes e da Vida.
São disseminadores das Culturas Mineiras e merecem.
O apoio cultural desse certificado é da ONG Alô Vida, da Rede Cultural Catitu e do CCLN.

Leiam a chamada e compareçam.Leiama abaixo sobre a obra dos gêmos Leos:

"Caros amigos,

a CIA DE TEATRO LEOLEO apresentará a peça DOIDOS DEMAIS nos dias 26/11 e 28/11/2008, 4ª e 6ª feira, às 20h30, no Teatro Nossa Senhora das Dores, Av. Francisco Sales, 77 - Floresta - BH-MG, com classificação livre. Trata-se de uma comédia interativa, em que os personagens representam um pouco de nossas neuroses, com muita alegria e humor.

Venham fazer a "Terapia da Maluquice".

Leo(Leonildo) & Leo(Leosino), mineiros do Vale do Jequitinhonha, Serro, atores, poetas, escritores, dramaturgos, com dez peças produzidas, dirigidas e apresentadas em MG, SP, BA e ES, autores, diretores e atores da peça "Doidos Demais"(Campanha de Popularização do Teatro-MG/2008), 14 livros editados e adotados em diversas escolas em MG(UNIBH, Fac.Universo, Magnum, Loyola, Col.Frei Orlando, Monte Calvário, Sagrado Cor. Jesus, Instituto Cor. de Jesus e outras), um filme(curta) produzido pela Clube Silêncio-RS que foi lançado no Festival de Gramado(14/08/2008), no Festival Internacional de São Paulo(Ago/2008) e na Mostra de Curta Fantástico em SP(Nov/2008).



Classificação: Livre

Direção: Leo & Leo

Produção: Leo & Leo



Preço promocional: R$15,00
Ingressos antecipados: R$ 10,00

Abraços,

Leo e Leo
Ingressos antecipados pelos telefones 9950-3617 (Leosino) e 9673-1508 (Leonildo).

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Noite Nula _Um dia, O Trem- Partilha-Editora NANKIM convida




Recebo o convite abaixo do Poeta Fernando Fiorese, um grande divulgador cultural, de per si:


Nankin Editorial

Convida para o lançamento dos livros

Noite Nula, de Carlos Felipe Moisés


Um dia, o Trem, de Fernando Fábio Fiorese Furtado

Partilha, de Gabriel Rath Kolyniak


24 de novembro de 2008 (segunda-feira)

A partir das 19h30

Bar Balcão Rua Dr. Melo Alves, 150 (esquina com Alameda Tietê) Jardim Paulista – São Paulo – SP – Tel. (11) 3063-6091

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Centenário de Alfredo Marques Vianna de Góes -por Angela Togeiro







Fotos:



Angela Togeiro conversa com Sueli Costa, cantora e compositora (Sarau Tropeiro), Rest.Cozinha de Minas-Vernissage de Neuza ladeira-21 de set.2008-"Primavera Ambivalente"




Angela recebe o certificado de "Amiga da Paz, das Artes, da Poesia e da Vida", da Embaixadora Univ.da Paz (eu, do cercle de Les Ambassadeurs Univ.de La Paix, por genebra, Suiça), com apoio da ONG ALÕ Vida, CCLagoa do Nado e Rede Catitu)-em 25 de setembro, belo Horizonte.(crédito:Jornalista Luciana Campos)
*Local:Restaurante D.Preta.BH/MG.

Angela e eu(Clevane Pessoa, com o poeta Juan Fiorini, na Nona feira de Literatura (Chevrollet Hall, domingo, 16/11)-Belo Horizonte.


A escritora Angela Togeiro, poeta e prosadora, faz um convite especiaL;


"Bom-dia,

Visite minhas páginas s/ o Centenário de Alfredo Marques Vianna de Góes (1908-2008) nos endereços


http://recantodasletras.uol.com.br/homenagens/1297295

http://angelatogeiro.googlepages.cm/centenariodenascimentodealfredomarquesvi
e divulguem,

Angela Togeiro"

Visite seu blog econheça um pouco mais de seu talento.Neste ano, foi empossada no InBrasCi pela Governadora em Minas Andreia Donadon e recebeu medalha de Outo, por seus méritos.


Clevane Pessoa de Araújo Lopes

Diretora Regional do InBrasCi em Belo Horizonte, mG

Clevane Pessoa de Araújo Lopes

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sábado, 22 de novembro de 2008

MUNAP apresenta expo de Adão Rodrigues-O MESTRE REVISITA O PARQUE-homenagem a Guignard







Recebo um convite inestimável , muito belo,do querido e talentoso artista e publicitário Adão Rodrigues, para uma expo diferente:o desafio agora e fazer mostra a céu aberto, em mais uma iniciativa do museu nacional da poesia-MUNAP-dirigido por Regina Mello.

Para que conheçam o talentoso artista, posto , além do convite, umas fotos que bati em sua casa, quando fomos, Llobus e eu, entrevistar a esposa, a poeFa e artista plástica Maria da Conceição Rodrigues, para o projeto POIETISA (aprovado pela lei de Incentivo à Cultura,pela Fundação Cultural em Belo Horizonte)

também uma foto de Regina Mello (em click meu, no sarau de Neuza Ladeira-Terças Poéticas, setembro,23 ,2008, no qual ela e eu fizemos parte dos poetas que leram poemas de Neuza)), e uma onde estou, ,em click d o fotógrafo Jeovah Pereira, nos jardins internos do Palácio das Artes, perto da estátua de Guignard.

Em boa hora, Regina e Adão o homenageiam.

leiam a chamada do amigo:



"Olá amigos, boa noite!
Essa exposição é bem diferente das que já participei até hoje.
Por ser uma galeria de arte ao ar livre e pública, apresento 10 obras impressas
em suporte resistente as mudanças climáticas, no formato 100x120cm.
Onde faço uma simples homenagem ao grande mestre das artes Guignard.
Aí, resolvi convida-lo para a minha mostra, ele vai estar presente, tenho certeza!

Homenagem, pra mim, é quando você abre o seu coração para falar sobre alguém que ama…
quando os holofotes estão voltados pra você e você desvia as luzes para essa pessoa.
Guignard, minas deve muito pra esse mestre que em vida teve tão pouco pela fortuna que deixou em arte pra nós.

Espero vocês lá…

Adão Rodrigues"

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Divulgação:
Clevane Pessoa de Araújo Lopes

Diret.Reg.do InBrasCi em Belo Horizonte, MG

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