sábado, 11 de outubro de 2008

Le Clézio ,autor francês,declarado Prêmio Nobel de Literatura



Busquei alguns sites franceses e quis conhecer melhor o novô NOBEL de Literatura.
Resumo aqui algumas impressões, que mais tarde, complementarei, depois de conhecer mais essa pessoal singular.


Jean-Marie Gustave Le Clézio nasceu em 13 de abril de 1940 em Nice (que fica no sudeste da França).Aos 23 anos, lançou no mundo literário, já sua obra-prima :"Le Procès-verbal "(O processo verbal, em tradução livre) .O sucesso surgiu-lhe imediatamente.E mereceu então o Prêmio Renaudot, um dos mais importantes na França.Dessa forma , sua carreira já teve início com previsto sucesso.

Quase cidadão do mundo, tanto viaja,surpreende, por exemplo, com a humildade com que declara dever ao México e também ao Panamá . Viveu,1970 próximo junto aos indígenas.Afirma:"Essa experiência mudou toda minha vida, minhas idéias sobre o mundo da arte, minha maneira de ser com os outros, de andar, de comer, de dormir, de amar e até de sonhar".Sobre os ameríndios expressa-se poética e psicologicamente :"« Le silence, dit Le Clézio à propos des populations amérindiennes, n’est pas perçu comme une absence de paroles, mais comme une autre manière de s’exprimer. »(neles, "O silêncio não é percebido com uma falta de palavras, mas como uma maneira de se expressar").Além disso, decret esse mesmo silêncio, como "acusatório (chama-o de "silence accusateur".

Mesmo em relação ao Brasil, confessa haver se inspirado, para escrever o Africano, em Euclides da Cunha (autor de Os Sertões), onde seu estilo é enxuto e direto, qual o do autor brasileiro.

Em 09/10/2008, recebe o Prêmio Nobel de Literatura, o que não surpreende quem conhece-lhe a obra, sendo considerado um dos expoentes da moderna Literatura francesa de nossos dias.Em seus livros, tece e declara uma consistente crítica à civilização hodierna, urbana e materialista.

» Francês conquista Prêmio Nobel de Literatura



La Clézio é realmente uma referência em seu país, qual Saramago em Portugal.Rotulado ou considerado "o romancista da solidão", além de Euclides da Cunha, o escritor francês afirma gostar de Stevenson e de Conrad.
Nostálgico, reflete o primitivismo de certos povos no que escreve -alguns o denominam "índio da cidade".

A Academia sueca sinaliza que Le Clézio é "um escritor da ruptura, da aventura poética e do êxtase sensual" e também "um explorador da Humanidade".

O escritor mostra-se sereno e passa segurança:alto, claro, parece sem idade definida.Mas diz-se que é tímido.O olharé inquisidor. Mas no início de sua carreirta , gostava de escrever sobre a insanidade.Aos poucos, o tema da loucura deu lugar a enredos mais tranqüilos :falava da infância.Também a problemática social das minorias, o atraiu.
De qualquer forma sempre busca não repetir estilos que o antecedem , antes dedica-se ao que comentaristas denominam " metafísica da ficção".Isso parece instigá-lo a buscar a linguagem pouco rebuscada, mas destinada à provocação de emoções.

Uma de suas singularidades é haver criado um universo imaginário , mas plausível.Nesse locus situacional, os maias e os indígenas emberás da Colômbia podem manter um diálogo convincente.Da mesma forma,os nômades do sul do Marrocos convivem com escravos fugitivos -no caso, das Ilhas Maurício.

Explica sua filosfia de vida e seu modo de expressar-se:

"Tenho a sensação de ser uma coisa pequena neste planeta, e a literatura me serve para expressar isso. Se me atrevesse a filosofar, diriam que sou um rousseauista, que não compreendi nada", explicou certa vez, acrescentando que um romancista tem que naturalmente escrever sobre sua juventude, "na qual o principal lhe foi dado". Na verdade, alguns dizem que ele apresenta uma pseudo-simplicidade de estilo, uma vez que quer ir fundo nos fundamentos do homem.


Publicou :
La fièvre, L'extase matérielle, Terra amata, Le livre des fuites, La guerre, Désert, Le chercheur d'or, Onitsha, Etoile errante, Le poisson d'or, Le déluge, Voyages de l'autre côté, Voyage à Rodrigues, Etoile errante, Diego et Frida, Révolutions, Ourania e,Ritournelle de la faim.

No Brasil já foram trazidos aos leitores :"O deserto", "A quarentena" e "Peixe dourado".

O escritor mora com a esposa e as duas filhas, em Albuquerque (Novo México, EUA).Costuma, porém , temporadas no sul de seu país natal,a França.

Gosta de estar a par do que acontece em sua Terra.

Afirma:"É com o idioma, com os livros que hoje se pode ainda falar da França, vê-la existir nesta convergência de correntes".

Claude Simon, em 1985, foi o escritor francês laureado mais recentemente.

Sustenta que o Nobel deixou-o comovido e , lindamente, explica que "ESCREVER É OUVIR O BARULHO DO MUNDO".

Esperemos que nossos editores agora nos tragam os demais livros, para que possamos conhecer mais a fundo o autor.

Divulgação:
Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Diretora regional do InBRasCi em Belo Horizonte,MG.

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