quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Wagner Torres relança Papoulas Caboclas Sobre Águas Virgens



Se estiver em Belo Horizonte, prestigie...



Wagner Torres foi meu primeiro editor.Publicou Sombras feitas de Luz.E depois do primevo, Asas de Água .


Tem raízes na revista Fundo de Quintal, inspirou a muitos, conforme contou a estudantes jovens poetas, o Claudio Marcio Barbosa, hoje seu amigo e que começou a ler os poemas de Wagner muito cedo.

Juntos, fomos à PUC, para um evento chamado POESIA em cores vivas, em Betim ,com Rogério Salgado e falamos para os jovens presentes de nossa gênese poética.
Lembro de wagner saindo de lá a repetir:"Noite memorável"...
A convite da acadêmica Luciana tannus,, indiquei-os.Os dois foram chamados à mesa.E, cavalheiros, chamaram-me.os jovens pareciam trer os olhares colados em nós e bebiam nossas palavras, ávidos.

Depois, na Nona Sem,ana de Comunicação/Vestígios, na PUC do Coração Eucarístico, em belo Horizonte, desenvolvemos a Ophicina Desiderata, com acadêmicos.E, pela manhã, fomos debater a censura, com os jovens, o representante dos Direitos Humanos , uma Tenente da polícia Militar...Recordo-me de haver levado uma fita onde a POeta Maria Queiroz gravou as canções dos anos 60, que haviam sido censuradas.Os acadêmicos ,acostumados à liberdade, hoje, mal compreendiam o que fora censurado, ou melhor, o porquê de cada música censurada.

Mais tarde, fizemos, novamente na PUC de Betim , para o EREL (Encontro Regional de estudanrtes de Letras), a OPHICINA DESIDERATA.Uni a psicologia à poesia, fiz os jovens entrarem no estado alpha e depois produzirem versos.Foi incrível.

Wagner fez novas oficinas, no interior mineiro, Vale do jequitinhonha...Mas eu não podia viajar, por causa do consultório e então, ele desenvolveu sozinho a proposta.

Livros lindos publicados, Wagner Torres, porém , não é apenas um Poeta da Negritude, nada desses rótulos-embora eu o tenha homenageado e a Adão Ventura num maio , em página de Estalo, a revista.É poeta essencialmente.
versos curtos e fortes que influenciaram uma geração.

E Papoulas caboclas Sobre Águas Virgens é um de seus mais belos exemplos, que ele agora reedita, em comemoração.Veja o convite acima.

NO ano passado, o produtor cultural Claudio Márcio Barbosa nos convidou para a antologia D'Versos, em prol do AlÔ Vida.Wagner compareceu com duas novidades: um novo filho in útero, ainda, na sessão de fotografias dos poetas e a filha adolescente, Luana Dandara, que verseja e alegra o pai..Ambos integraram o Movimento Poetas pela Paz e pela Poesia, que aconteceu em março na capital mineira.

Boa sorte à nova edição dessas papoulas caboclas.Sobre águas virgens.

Clevane Pessoa de Araújo Lopes

Diretora Regional do InBrasCi emm belo Horioznte MG

Embaixadora Universl da Paz,pelo Círculo Universal de Embaixadores da Paz em Genebra, Suiça.

Belo Horizonte, MG/Brasil


________________________________________________

Em 2007, lançou TERRAL e escrevi:

12/12/2007 01h23
Terral, de Wagner Torres
O editor Wagner Torres é um poeta ponderado e preciso.De poemática muitas
vezes voltada para a questões sociais, para anegritude,tem uma significativa
tragetória na capital mineira .

Um dos fundadores da revista Arte Quintal , editou Signais, uma antologia
importante, que conta,desde Adão Ventura a ele próprio.Além desta, algumas
edições da coletânea "Psiu Poético", sempre lançadas paralelamente ao eventode
mesmo nome - estou em duas delas.Também é o orgnizador da antologia "FLOR DE
VIDRO",que reúne poetas mineiros.

O produtor cultural e poeta Claudio Márcio Barbosa, sempre o considerou um de
seus exemplos de Poesia, razão pela qual ,é um dos seus convidados para a
antologia D'Versos .Nesta, um fato que muito o toca:participa ao lado de sua
filha adolescente, Luana Dandara, herdeira de sua vocação maior.Também estou
nesse livro, no prelo, que será lançado em prol do Alô Vida.

Convidado frequente para eventos, costuma defender a causa da negritude,
representar o Poeta Negro .Por exempolo, na PUC de Betim , participou comigo e
Rogério Salgado, de mesa de debates e depoimentos sobre a trajetória poética e a
poesia na ditadura militar brasileira .Também lá ,posteriormente, desenvolvemos
a Ophicina Desiderata, no EREL (Encontro regional de Estudantes de Letras).Também
na PUC (Coração Eucarístico, na "Nona semana de Comunicação - Vestígios",
estivemos , com representantes dos Direitos Humanos e da Polícia civil,em debate
com os estudantes sobre a liberdade de expressão .Depois, realizamos essa
oficina cita , com produção coletiva.

Em 2004,participou do painel Poesia musicada, na qualidade de moderador, junto a
Hugo Pontes e Petrônio Souza, sob a coordenação de Adolfo Maurício Pereira,
poeta, contista e organizador do Encontro.

Sobre ele (e também sobre o grande Adão Ventura) , escrevi uma homenagem , em
2005,publicada em Estalo,a Revista,que também está em minha coluna "Empório de
Tudo e de todos", do site de Vânia Moreira Diniz (VMD) e no Portal BLOCOS
OnLINE..

Pessoalmente, Wagner Torres representa um marco em minha vida literária, por
haver publicado, sob o selo da PLURARTS, meus dois primeiros livros de
Poesia:"Sombras feitas de Luz " e "Asas de Água"

São livros de Wagner Torres:SONHOS (83/84), ”Quando a madrugada se despe em
Poesia” (1987),”Papoulas Caboclas sobre Águas Virgens” (1989).

Terral, lançado agora, deve trazer sua experiência, além de sua inspiração.E ela
vem a cavalo, montada sobre o unicórnio da Poiesis.

Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Poeta Honoris causa pelo Clube Brasileiro de Língua Portuguesa e
Diretora em Belo Horizonte, do InBRasCI (Instituto Brasileiro de Culturas
internacionais).

>>>***<<<


Abaixo, meu texto publicado na Revista Estalo:

Wagner Torres Veio de conhecer-me um certo Wagner, poeta e editor, dono
da Plurarts. A memória não me traz o como. Sei que expressei-lhe meu desejo de
editar e meus parcos recursos para tal. Após o Plano Collor, aqueles farrapos de
mágoas e dinheiro a impedir a consumação dos sonhos. Ele foi firme. Editaria.
Entregaria aos poucos, aos poucos eu pagaria. Assim foi feito. Lembro um dia em
que ele precisava de grana, eu tinha e fazia um curso em sala do CRP. Pedi que lá
fosse. Ele chegou com exemplares e levou um cheque. Sorteei uns volumes e muitos
presentes se irritaram. Queriam que todos ganhassem. Toda vez que publicamos,
alguém nos diz sorridente: ”– Quero ganhar um, hem ?”. Quase que se espantam de
ter de pagar. No Brasil, escritor independente endivida-se para editar. É preciso
que alguém nos compre, por certo ... Depois, o Wagner, que no prefácio de meu “
Sombras Feitas de Luz ”, disse-me um “ ser de luz ”, deixando-me a pensar ser uma
espécie de Clara Nunes
da Poesia”, foi com Rogério e eu à PUC de Betim, onde os estudantes de Letras
organizaram o “ Poesia em Cores Vivas ” e, na mesa, falamos de todos os
primórdios de nossa trajetória, passando pela editora Fundo de Quintal , que
marcou época e eles criaram junto a um grupo de sonhadores, Wagner ainda
militando para editar autores vários, com especial carinho para poetas. Mais
tarde , participamos, Wagner e eu do momento chamado “Vestígios ”, a nona “
Semana de Comunicação ” da PUC do Coração Eucarístico, aqui em Bh, onde falamos
dos Anos de Chumbo, com pessoas dos Direitos Humanos e uma policial militar. À
noite, nos reuníamos a um grupo de estudantes para fazer acontecer a Ophicina
Desiderata, um projeto meu que desenvolvi com Wagner. Poesia & Psicologia, uma alegria estar com poetas jovens, interessados em nos conhecer. Fiz sonho dirigido, após colocar a turma em estado alma, e após abrir comportas da alma, eles escreviam seus versos, sob nosso amoroso olhar. Wagner
edita todos os anos a coletânea do Psiu Poético, referente ao Salão Nacional de
Poesia de mesmo nome, que o Aroldo Pereira organiza todos anos em Montes Claros
(o Guiness dirá que é o único evento contínuo, de Poesia, por quase vinte anos
)... Editou de sua autoria: SONHOS (83/84), ”Quando a madrugada se despe em
Poesia” (1987),”Papoulas Caboclas sobre Águas Virgens” (1989). Em 1991, é o
organizador de uma coleção que reúne autores mineiros (Antologia de Autores
Mineiros-Categoria contos “ FLOR DE VIDRO ”, numa homenagem a Murilo Rubião
(quase cinqüenta autores, entre os quais, Márcio Almeida, Elias José, Olavo
Romano, Oswaldo França Júnior, Antonio Barreto, Branca de Paula, Jaime Prado
Gouvêa, Luiz Vilela, Roberto Drummond, Wander Pirolli, Maria de Lourdes Reis,
enfim, uma façanha !). ”Signopse - A Poesia na Virada do Século”, 1995, coletânea
que reúne também grandes nomes, como o nosso saudoso Adão Ventura e outros, como
o jornalista e fotógrafo, coordenador do Curso
de jornalismo da PUC de Arcos, João Evangelista Rodrigues, Aroldo Pereira,
Márcio Almeida, Hugo Pontes. Segue um poema de Wagner Torres, cujo estilo enxuto
remete do sintético à plenitude: FRUTO POÉTICO Brotam na mente dos sábios
Um mergulho suave
Penetrante nos mares
Mais calmos Sangram mel,
Na colméia do povo A argamassa de meu pensamento
Faz exilar o mau da semente. (in “ sonhos ”) E o conhecido (que faz alguns
chorarem, quando lhes declamam os versos): DEVANEIOS Ousaram dizer
Que fomos libertos
Por uma lei áurea
Assinada por punho de ouro Ousaram dizer
Que os devaneios
De uma carta magna
Vagam nos sertões , arraiais,
Favelas e presídios
De nossa era Ousaram dizer:
Agora é nossa vez.
As veredas mapeiam
Solidão e inércia,
Mas ferem o coração
Nascente
Do acalanto (In “ Papoulas Caboclas Sobre Águas Virgens ”)




Wagner Torres escreveu:
Clevane, segue anexo convite para lançamento de meu livro TERRAL.

Grato,

Wagner Torres
------------------------------------<*>___________________

Marcadores:

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial