sábado, 10 de maio de 2008

CLAUDIO AUGUSTO DE MIRANDA SÁ (2)-Memorial


Amanda e seu noivo Henrique foram amigos de meu amigo Claudio Augusto de Miranda Sá, e encontraram-me pela internet.
Agora, essa bióloga amável, escreve a despedida ,em palavras ditadas pela alma.E o biólogo Henrique me envia os versos de Amanda.Poesia pura.Eu que o lembro mais novo, posso visualizar os cabelos brancos, a barba branca da qual os dois me falam.

Imagem:Meu filho Alessandro passou a tarde trabalhando nessa foto de 28 anos atrás, quando ele completava seis aninhos.O rapaz alto, com pouco mais de trinta , com a filha Íris ao colo, é Claudio Augusto de Miranda Sá, bem na hora da soltura dos balões.
Acima, o início de um poema de sua autoria, onde garantia à Ditadura seu legítimo ir e vir.
Claudio parece acenar um "até logo", com sua exuberância natural.
Até, amigo!

E,abaixo, o poema-despedida de Amanda.

Meu Velho Amigo

Não sou poeta nem artista,

Não sei nem a diferença entre uma poesia e um poema,

Mas talvez essa seja a melhor forma de dizer o quanto você foi e sempre será importante pra mim.

Sempre feliz, apesar de tudo,

É assim que quero me lembrar de você,

que sempre vinha com um abraço amigo, um sorriso nos lábios e um beijo no rosto.

É engraçado como certas amizades existem,

Duas crianças e um velho.

Muitas pessoas nunca entenderão esse sentimento,

Mas eu nunca vou me esquecer.

Quando você se foi meu mundo desabou,

Tão rápido, tão inesperado, eu nem pude dizer,

o quanto eu me importava, o quanto você me ensinou,

Mesmo com o pouco tempo que estivemos juntos.

Também não pude dizer o quanto eu sinto,

por não ter ficado mais ao seu lado, quando você se sentiu mais sozinho,

por não ter te amparado e te mostrado que eu sempre iria estar ali.

Queria ter segurado a sua mão quando você mais precisou,

Queria ter-lhe beijado a testa quando você estivesse dormindo,

Queria ter passado a mão no seu cabelo branco e tido a certeza

De que eu te protegeria de todas as injustiças do mundo.

Você foi como um avô pra mim,

O avô que eu nunca tive,

Não aquele avô que mima e leva para passear,

Mas um avô que me ensinou que a amizade e o amor estão em todos os lugares,

Que a vida vale a pena apesar de todas as dificuldades,

Que a esperança está sempre ali, mesmo quando presa por um finíssimo fio.

Um avô que não me ensinou só por meio de palavras,

Mas principalmente pela forma como vivia, pela forma como sentia.

Hoje faz cinco meses que você foi embora,

E um dia após o meu aniversário,

E meu maior presente é poder te prestar essa singela homenagem.

Da sua eterna

Princesa

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